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Animale troca mulherão por mocinha sexy no Verão 2007/08

Gianne Albertoni desfila vestido da Animale durante Fashion Rio - Alexandre Schneider/UOL
Gianne Albertoni desfila vestido da Animale durante Fashion Rio
Imagem: Alexandre Schneider/UOL

CAROLINA VASONE<br>Enviada especial ao Rio

07/06/2007 20h03

Sala escura, tudo pronto para começar o desfile. E uma projeção de labaredas de fogo anuncia, de maneira kitsch e um pouco óbvia, a temperatura que a Animale quer dar ao seu Verão 2007/08.



Que a mulher Animale é muito sensual já é parte da identidade da marca. Aliadas à sensualidade, no entanto, vêm outras características essenciais para compor a imagem de mulherão poderoso que, consciente de que é sexy, faz questão de brincar com isso. Esta idéia, passada de maneira clara neste inverno da marca, e, especialmente, no verão do ano passado, não se repetiu desta vez.



O mulherão da Animale, sempre representado por uma constelação de tops (Raquel Zimmermann não participou do desfile, mas novamente é a estrela da campanha), se transformou numa mocinha sexy na pele de modelos como Izabel Goulart, Marcelle Bittar e Flavia de Oliveira. O couro, material sempre utilizado na marca, apareceu em minissaias justas, em calças idem, e também em vestidos de costas decotadíssimas. O que predominou, no entanto, foram os microvestidos e a estampa estilo lenço em rosa e preto na seda que surgia nas saias e nos vestidos.



O comprimento curtíssimo, espantosamente, não provocou efeito avassalador. As mangas maiores garantiram que o look não ficasse vulgar, mas o problema não era esse. O tecido, muito fino e molenga, na modelagem que ficava mais seca no quadril, não contribuiu para a exuberância do look e deu a impressão da roupa ser num tamanho ligeiramente menor do que o que deveria, quase pegando no quadril das modelos. A repetição de um número muito grande de vestidos curtos similares também deixou a apresentação um pouco cansativa. A idéia dos vestidos-lenço (a inspiração era nas personagens do filme "Thelma&Louise") surgiu em vários momentos, como se o tecido acabasse te ter sido amarrado ao corpo.