Tessuti busca elegância atemporal em desfile no Museu Histórico Nacional

Bruna Tenório - recente top model, presença garantida em desfiles da Chanel e Dior - abre o desfile na manhã ensolarada desta quarta (9), no segundo andar do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Num vestido tomara-que-caia em lã caramelo, quase pele, com a saia afunilada, ela é a personificação da elegância atemporal que a Tessuti busca em sua coleção para o Inverno 2008. Cabelos presos, broche de pedras semi-preciosas em preto de brilho prateado (referência ao joalheiro Lalique, uma das inspirações da grife), o look ganha sutil mas também chique toque de descontração contemporânea no casaquinho de tricô, em tom pele, amarrado como um bolerinho. O styling é de Giovanni Frasson. É dele também, o mérito pela rigorosa (no bom sentido) edição da coleção, com coerência vista em raros desfiles nacionais.

Dividida em fases, é na primeira delas, com predominância das produções em tom pele, que a coleção ganha destaque, sendo mais bem sucedida no espírito de elegância proposto do que na parte final, dos vestidos pretos com plumas e nos modelos com metros e metros de organza. A organza, aliás, aparece em muitos momentos, tanto sobreposta quanto sozinha, dando transparência delicada ou conferindo tom leitoso por cima de outros tecidos. Os tricôs desempenham papel fundamental na combinação com a organza, quebrando também a formalidade nos vestidos estilo tomara-que-caia. A gola rolê dá um toque de charme a mais.

As calças em alfaiataria aparecem sequinhas e mais curtas e antecedem a série de looks pretos e drapeados, como o da saia transpassada usada com top de tricô. Em seguida, as combinações em cinza total, com saia plissada e casaquinhos ou blusinhas de manga curta em tricô, para então chegar aos vestidos de noite em preto com detalhes em pluma cinza, seguidos dos longos de organza em preto, cinza chumbo e fúcsia.