Priscilla Darolt constrói versões fortes e femininas de bailarinas para o verão

O desfile começou com um pop-up (o segundo da temporada, depois da Amapô) de um desenho clássico de bailarina, em branco. Assim que a estrutura foi levantada e a bailarina apareceu, de sapatilha de ponta, tutu (a saia clássica das bailarinas) na cintura, as bailarinas da "vida real" da passarela, entraram em cena no desfile de Priscilla Darolt. No lugar do tutu, saia godê dura, com desenho vazado pontilhadinho ao longo de cada virada da saia, deixando o marrom avermelhado por baixo do vestido branco aparecer. O efeito, um pouco de trabalho de bota western ou de janela de treliça, apareceu no segundo look, de Isabeli Fontana, com a saia em marrom e dois tons de azul e a blusa em seda, listrada também com as mesamas cores. Na modelagem, um show de construções tão desejáveis quanto criativas, num resultado comercial e muito fashion.

Voltando à blusa de Isabeli Fontana: o listrado fazia lembrar a risca de giz da alfaiataria masculina e, junto com as cores, dava força à mulher-bailarina. A modelagem conferia efeito de capinha às mangas recortadas. Ao virar, as costas eram mais bufantes e formavam espécies de asinhas. Seguido ao look de Isabeli, em creme perolado, vinha outro, desta vez com colete de alfaiataria e saia godê dura. A camisaria foi citada também nas blusas sem mangas, botõezinhos, listradas.

Depois que as bailarinas de caixinha de música foram ganhando vida de mulher de verdade, as saias foram perdendo o volume e os babados (alguns feitos a partir da imagem da corrente de bicicleta) de curtas passaram a mais longas, terminando em vestidos secos na altura da canela.

As calças, mais perto do corpo, surgiram depois dos vestidos, que foram intercalados com as belas blusas em seda, usadas com calças ou shortinhos. Na cartela de cores, o marrom pontuou a coleção, misturado a tons de azul, azul clarinho e bege, marrom avermelhado sozinho e um azul esverdeado.

SPFW: Priscila Darolt se inspira em bailarinas
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