"Rua com pedigree" da Maria Garcia desbanca estilo menininha
CAROLINA VASONE
Do prédio da Bienal
18/01/2010 16h44
“Quero uma garota com uma saia curta e um casaco comprido”, diz a música. A estilista Camila Cutolo atendeu ao pedido do refrão da banda Cake, uma das inspirações para o inverno 2010 da Maria Garcia. E fez muito mais. Ao misturar tecidos nobres com peças vindas do streetwear, apimentando a combinação com uma brincadeira de deslocamento de bolsos, capuzes e acabamentos para outros lugares das roupas, criou uma moda de rua com “pedigree” e desbancou o estilo menininha vigente em marcas para jovens adultas, como a Maria Bonita Extra.
A segunda marca da Huis Clos preservou sua alma sofisticada em materiais e cartela de cores. O rosa claro acinzentado, o cinza claro, o prata, o preto e o marrom garantiram a alma de moça fina. Mas não tão arrumadinha. A garota da Maria Garcia agora ouve hip hop dos bons, como o dos Beastie Boys, presente na trilha. E usa macacão curto jardineira soltão no corpo, assim como short largo, com capuz acoplado na parte de trás, como se aquele agasalho amarrado na cintura já viesse acoplado na roupa. O rosa clarinho, acinzentado, dá um ar lânguido às peças, e os tecidos, no caso do macacão um belo cetim de seda, uma certa compostura.
Os casacos de nylon acetinado e os punhos esportivos em calças curtas se alternavam ou se misturavam ao bordado de pedraria brilhante, à renda preta como no bonito casaco inteiro transparente de renda.
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No acertado styling, propostas diferentes e harmônicas como a do vestido chemise pink com saia vermelha justa por cima, mais curta, deixando aparecer a barra do vestido por baixo. Como resultado final, menos açúcar e mais atitude com criação de moda. As moças femininas e esclarecidas agradecem.