Nobel da arquitetura, Pritzker vai para escritório japonês SANAA
É de Kazuyo Sejima e de seu sócio Ryue Nishizawa o maior reconhecimento concedido a um arquiteto por sua carreia, o Prêmio Pritzker.
Considerado o Nobel da arquitetura por usar a premiação sueca como modelo para vários de seus procedimentos de indicação e prêmio, o Pritzker foi criado em 1979 pela Fundação Hyatt para homenagear, em vida, um arquiteto cuja obra demonstre qualidades como talento, visão e compromisso, e traga uma contribuição significativa para a humanidade e para o ambiente construído.
Conheça o júri do Prêmio Pritzker
Lord Palumbo (presidente): empreendedor imobiliário e patrono das artes britânico. Já presidiu o Conselho das Artes da Grã Bretanha e a Fundação da Tate Gallery, entre outras entidades ligadas ao setor
Alejandro Aravena: arquiteto, diretor executivo do grupo Elemental, do Chile
Rolf Fehlbaul: presidente da Vitra, Suíça
Carlos Jimenez: professor da escola de arquitetura da Rice University, Estados Unidos
Juhani Pallasmaa: arquiteto, professor e autor, Finlândia
Renzo Piano: arquiteto italiano, ganhador do Pritzker em 1998
Karen Stein: jornalista, editora e consultara em arquitetura, Estados Unidos
Martha Thorne (diretora executiva): reitora assistente para relações externas da escola de arquitetura da IE University, Espanha
A Fundação Hyatt é gerida pela família Pritzker, proprietária da rede Hyatt de hotéis.
Sejima e Nishizawa formaram o escritório SANAA em 1995. O trabalho da dupla é conhecido por sua leveza e delicadeza, em muito obtida pelo uso da transparência. Eles dão grande importância à integração de seus edifícios ao entorno, a ponto de descrevê-los como “montanhas na paisagem”.
Entre as razões apontadas para a premiação, o júri cita a arquitetura delicada, mas poderosa do SANAA; sua discreta engenhosidade; a maneira bem-sucedida como seus edifícios interagem com o exterior e com as atividades que abrigam, e sua linguagem singular, fruto de um processo colaborativo único e inspirador.
Ao saber do prêmio, Kazuyo Sejima declarou-se muito feliz e disse "eu tenho explorado como posso fazer uma arquitetura que seja aberta, o que eu penso ser importante para uma nova geração. Com esse prêmio vou continuar me esforçando para criar uma arquitetura bela".
Nishizawa disse encarar a premiação com grande humildade. "Estou muito honrado e muito surpreso. Recebo e entendo este prêmio como um encorajamento para os meus esforços", declarou.
A maior parte da produção do SANAA está no Japão, mas o escritório tem obras implantadas na Alemanha, Inglaterra, Espanha, França, Holanda e Estados Unidos.
É a terceira vez na história do Pritzker que o prêmio é dividido entre dois profissionais. A primeira vez foi em 1988, quando Oscar Niemeyer dividiu o prêmio com o norte-americano Gordon Bunshaft. Em 2001 foi a vez dos também sócios Jacques Herzog e Pierre de Meuron, autores do Ninho de Pássaro de Pequim, levarem a premiação.
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Vista do edifício Christian Dior, em Tóquio, projeto arquitetônico de SANAA
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