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Estreante no SPFW, Adriana Degreas busca "extremo do diferencial" para se sobressair na moda praia

CAROLINA VASONE

Editora de UOL Estilo

12/06/2010 07h00

Adriana Degreas é conhecida pela moda praia sofisticada, "tipo exportação". Embora tenha pontos de venda em 25 países, dos Estados Unidos aos Emirados Árabes, apenas 20% das suas vendas vêm do mercado externo."Pensei desde o início em fazer o caminho inverso: trazer o que já era sucesso lá fora e mostrar no Brasil", conta a estilista, sobre a estratégia da marca criada em 2001.

 

Estreante no São Paulo Fashion Week, Adriana aposta no "extremo do diferencial" para se sobressair num mercado que considera extremamente competitivo. "Uma marca quer a identidade da outra", diz.

 

A seguir, leia a entrevista da estilista dada ao UOL Estilo por e-mail.


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  • Folha Imagem

    A estilista Adriana Degreas prepara a modelo Sabrina Gasperin para desfile em 2008, em São Paulo

UOL Estilo: O que você espera que mude para a sua marca com a estreia no SPFW?
Adriana Degreas: Embora eu saiba da visibilidade que o SPFW traz, eu sinceramente não sei ainda o impacto que essa estreia trará para a minha marca.

UOL Estilo: O estilo da sua moda praia - considerado "moda praia couture" ou moda praia de luxo, "de iate" - faz muito sucesso fora do país. Quando você começou a criar biquínis e maiôs, pensou neste público estrangeiro?
Adriana Degreas: Pensei desde o início em fazer o caminho inverso: trazer o que já era sucesso lá fora e mostrar no Brasil. Uma nova cultura de beachwear. Na época, as marcas de moda praia [no Brasil] estavam focadas em estampas tropicais, coloridas. Escolhi trazer outras lycras, outras modelagens e outras cores, em estampas mais clássicas.

UOL Estilo: O mercado nacional é melhor do que o internacional para vender moda praia? Por que?
Adriana Degreas: A venda no exterior representa 20% do meu mercado. Mas, sem dúvida, a entrada no mercado externo passa por um momento extremamente favorável. O made in Brazil é hoje um grande asset.

UOL Estilo: O que você acha do mercado brasileiro de moda praia hoje?
Adriana Degreas: Acho muito competitivo! Uma marca querendo a identidade da outra. Isso me incomoda. A minha busca em coleção e desfiles é apresentar o extremo do diferencial. Biquínis, peças que complementam o universo beachwear, campanhas, imagens, enfim, tudo com uma identidade muito marcada. Acredito que encontrei o meu nicho sem ter que parecer ou ser comparada com ninguém.

UOL Estilo: Quais são as principais dificuldades que você enfrentou quando entrou neste mercado?
Adriana Degreas: Encontrar profissionais comprometidos, com responsabilidades, que entendam o que é um cronograma, uma coleção, princípios etc. Esta dificuldade persiste até hoje.

UOL Estilo: Quais são suas principais preocupações quando cria um maiô ou biquíni?
Adriana Degreas: Fazê-los acontecer. Começo, meio e fim; criação, produção, entrega e satisfação.

UOL Estilo: O que um biquíni precisa ter para cair bem?
Adriana Degreas: Uma modelagem impecável e ser feito de um material idem.

UOL Estilo: Onde você imagina as suas criações sendo usadas?
Adriana Degreas: Em festas incríveis, glamourosas e privês.