Amante pode ser uma posição perigosa

Data comemorada por uns e odiada por outros. O Dia do Amante, no dia 22 de setembro, traz à tona um lado, no mínimo, perigoso no campo do amor. Que o digam as amantes que ficaram na história, como Marilyn Monroe, Monica Lewinsky e Camilla Parker Bowles.

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Há quem defenda que não há amor entre o traidor e sua amante, e sim uma paixão avassaladora, que faz com que o casamento, por exemplo, fique mesmo em segundo plano. “Eu comecei a trair quando meu marido virou praticamente um irmão. Depois de negar sexo por pelo menos cinco vezes seguidas, recebi elogios do meu chefe (também casado e com problemas sexuais em casa) e descobrimos uma sintonia total na cama. Eu saía, transava, descarregava energia e voltada para a casa como se nada tivesse acontecido”, revela M. S., 37 anos, pedagoga.

“No fim, percebi que estava me enganando, mais do que enganando o meu marido. Anos depois descobri que ele também me traía e resolvi desmanchar o casamento de fachada”, confessa.

Mas o que acontece com quem engana ou é enganado? “O homem trai geralmente por instinto e necessidade da conquista. A mulher faz isso quando não se sente correspondida no relacionamento, ou seja, quando o outro está ausente. Ela entra em um quadro de carência total e busca em quem se apoiar. É muito nítido ver as diferenças na traição tanto do homem quanto da mulher”, explica Patricia Cecconi, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental.

Segundo a especialista, é preciso saber diferenciar o comportamento quando ele é repetitivo. “Uma pessoa que é amante geralmente tem baixa autoestima e dificuldades na escolha, pois seleciona sempre algo que não vai suprir suas necessidades, até porque o tempo dispensado ao amante é diferenciado, sobrando sempre o resto e sempre dividindo com o outro. Isso gera uma competição em busca de uma autoafirmação com motivações erradas”, alerta.

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