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Menos açucaradas, bailarinas da Maria Bonita Extra ganham atitude com o esporte

CAROLINA VASONE

Enviada especial ao Rio

12/01/2011 21h38

A Maria Bonita Extra é um sucesso de vendas dentro de seu público alvo de garotas de classe média alta e classe alta, informadas, trabalhadoras, sem perder a doçura, jamais. Laços, corações, babados, tons pastéis combinados e tons fortes quebrados pela modelagem "girlie" são algumas das características do estilo da grife, que, em algumas coleções chega a ser tão doce, tão fofa, que quase enjoa.

Menos açucarado, o Inverno 2011 da Maria Bonita Extra traz a feliz combinação da languidez e fragilidade das bailarinas com a força e o "choque de realidade" do esporte. Segundas peles em tom rosado são usadas em mangas e como bermudas ciclistas, por baixo de shorts curtinhos, numa versão extremamente feminina das sobreposições do "streetwear" e do "sportswear". A seda molenga e a organza sugestiva, leitosa, são usadas em vestidos e shortinhos curtos, cuja fluidez é quebrada pela estrutura de casacos ou coletes mais modelados. Esta contraposição entre fluidez e estrutura, aliás, foi feita à perfeição nos looks do desfile, com styling de Pedro Sales.

Franzidos marcam a cintura dos macacões soltos, dos shorts curtíssimos, e também aparecem para dar leves volumes aos vestidos. Na cartela de cores, o rosa clarinho rosa é o protagonista, combinado ora ao cinza, ora ao amarelo. Azul, marrom, verde e vermelho, em detalhes, completam o colorido suave do inverno da grife. Nos pés, o sapato oxford continua em alta, assim como versões com ou sem salto das sapatilhas de bailarina com fitas amarradas no tornozelo.