Prós e contras: depilação a laser funciona, mas pode ter efeito colateral
Ao contrário do que muita gente acredita, a depilação a laser não é uma técnica que extermina os pelos para sempre. O procedimento elimina cerca de 30% dos pelos a cada sessão e é capaz de bloquear o crescimento de até 80% deles até o final do tratamento. Conforme explicam especialistas, 20% dos pelos restantes nascem mais finos e espaçados.
Quanto tempo dura?
A durabilidade desse bloqueio no crescimento dos pelos é muito individual, mas os resultados podem permanecer de dois a cinco anos.
Quanto tempo de aplicação preciso?
As aplicações de laser durante um tratamento geralmente são feitas a cada 30 ou 40 dias, em média.
São necessárias entre 5 a 8 sessões, em média, para os pelos sumirem, mas pode chegar a até 12 sessões para o resultado esperado.
Quando os pelos somem?
O tempo que vai demorar para os pelos sumirem também é relativo, pois depende da região do corpo a ser depilada, do tipo de laser empregado, da produção de hormônios da pessoa, cor da pele e pelos.
Áreas como virilha e axila, que têm pelos mais grossos e escuros, respondem melhor ao método, o que pode abreviar o tempo de duração do tratamento para três sessões. Já pernas e rosto, em que os pelos são mais claros, a previsão é de cinco sessões. Lembrando que essas são estimativas, os resultados são individuais.
E depois que acaba o tratamento?
Uma vez concluído o tratamento, a manutenção pode ocorrer a cada quatro ou seis meses.
Como age e quais são os riscos?
O mecanismo de ação da depilação a laser é simples, porém delicado, e pode ter consequências como manchas e queimaduras. Quando a luz do laser atinge o pelo, gera uma energia aquecida que o destrói. Quando esse aquecimento atinge as células da raiz, o pelo não volta a crescer. Essa energia é atraída pela melanina do pelo.
Desta forma, os pelos mais claros têm menos melanina e respondem menos ao método, já os mais escuros absorvem mais a luz do laser. Portanto, nos fios grossos e escuros o tratamento é mais eficaz.
Por outro lado, justamente por isso, peles bronzeadas, morenas e negras devem ser tratadas com muito critério, pois a melanina da pele se confunde com o pelo, e, desta forma, a chance de ter queimaduras e manchas escurecidas é maior. Para evitar esse tipo de problema, é utilizada uma potência de emissão de luz mais baixa. Desta forma, o risco é reduzido, mas o número de sessões pode ser maior.
Nos aparelhos mais modernos, esse impacto é muito menor, além disso, ainda há outras técnicas, como o tempo que a energia é administrada e o tipo de pulso que é feito.
Sinal de alerta
Caso a potência não esteja correta ou há a "confusão" de melanina da pele e do pelo, pode haver bolhas, manchas, vermelhidão, cascas, mancha escura ou mancha clara. Mas um bom profissional consegue reduzir bastante a chance disso acontecer. Inclusive, o primeiro passo para um tratamento seguro é fazer o procedimento com um dermatologista ou especialista em medicina estética, de preferência com especialização em laser. Caso contrário, o risco de complicações é grande.
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Na hora do contato do laser com a pele, o que se sente é uma leve queimação. À medida em que se aumenta a potência do laser, o tratamento fica mais dolorido, gerando um desconforto, parecido com o que acontece com a cera quente e fria. No entanto, os melhores equipamentos para depilação são os mais dolorosos.
Para se obter uma depilação eficaz, a raiz do pelo precisa ser aquecida a uma temperatura mínima de 60ºC e isso pode causar dor.
No período pós-procedimento normalmente não há dor, mas é comum a pele ficar vermelha e em alguns casos, irritada, principalmente nas pessoas mais sensíveis. Mas essa sensação desaparece depois de algumas horas e pode ser amenizada com a aplicação de água termal e cremes à base de corticoides ou calamina na região tratada, para acalmar.
Longe do sol
A melanina das peles bronzeadas atrai a luz do laser e isso pode prejudicar o processo natural, em que a energia atinge pontualmente a raiz do pelo, comprometendo o sucesso do tratamento e provocando manchas. Por isso, o ideal é não se expor ao sol duas semanas antes da sessão e até três semanas depois, pois o sol é extremamente prejudicial para a cicatrização da pele.
Além disso, a pele submetida a uma agressão se torna mais vulnerável a queimaduras solares e ao aparecimento de manchas. Portanto, aumentar o uso do bloqueador solar nesse período é fundamental.
Fontes: Agnaldo Mirandez, dermatologista e diretor da Clínica de Estética Perfetta, de São Paulo; Juliana Castro Moraes, médica especialista em medicina estética na Clínica Vitalle, do Rio de Janeiro; Sara Bragança, dermatologista no Rio de Janeiro.
*Com matéria de maio de 2011.
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