Transexual e tricô de festa animam passarela carioca
Não há dúvidas sobre o efeito "arrasa quarteirão" da participação da transexual Lea T. no desfile (e na campanha) da Blue Man, na última quarta (1). Comoções pelo movimento GLSBT à parte, mensagem de tolerância e aceitação do que está fora do padrão da maioria (parece que a moda só não suporta o excesso de peso) dada, o clima na passarela era de festa, a aparição de Lea T bonita e aplaudida, a coleção, agora sob o comando do sobrinho e da filha de David Azulay, uma promessa de revigoração do estilo da marca (leia mais no texto sobre o desfile).
Se competir com corpos à mostra e convidados especiais na passarela é tarefa difícil, a Coven não entrou na disputa, mas complementou com roupa de primeira o terceiro dia do Fashion Rio, em edição para o próximo verão.
Os tricôs da grife mineira, ricos, encorpados, com cores geralmente fortes e contrastantes, ganharam bordados de miçangas e brilhos de paetês em desenhos inspirados em tatuagens de hena da Índia. O espírito também era de festa nesta coleção: tricôs feitos para receberem elogio em jantares e encontros glamourosos. O conjuntinho de saia logo acima do joelho com blusa com barra de babados, com desenho de borboletas, é um exemplo do efeito do tricô chique da Coven, assim como o vestido verde com bordados. Para o verão, a marca ainda apostou em combinações mais leves, o que resultou em peças mais agradáveis em relação ao inverno.
Com base na alfaiataria, a marca de moda masculina R.Groove também proporcionou momentos de alegria, desta vez para os homens, em conjuntos de bermuda e paletó listrados e coloridos, coletes com bermudas e paletós e tricôs mais curtos e ajustados.
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