Arnaldo Ventura faz interpretação de Maria Bonita e Lampião e se destaca na 2ª noite de Criadores

Em noite com oito desfiles (quatro dos jovens estilistas do Projeto Lab e quatro da programação oficial), Arnaldo Ventura impressionou com seus superplissados, seus recortes e vazados e sua alfaiataria cangaceira na interpretação contemporânea e experimental de Maria Bonita e Lampião. O desfile começou com a série amarelo lima e depois caiu nos cáquis, melhor momento da coleção. O efeito plissado, fazendo alusão aos acessórios das roupas dos cangaceiros era na verdade uma dobradura de musseline de algodão. Peças como o casaco tipo "trench coat" com bolsos e lapela de alfaiataria, para os homens, e o vestido em cáqui com maqueteria têxtil vazada a laser, merecem menção especial.  Não é um verão fácil de ser usado mas ainda assim traz informações que podem ser aproveitadas tanto para o guarda-roupa quanto para reflexões estéticas em geral. A parte estampada e mais molenga é menos feliz, mas traz momentos bem usáveis e interessantes, como o costume branco masculino.

Com boas jaquetas para inverno ou verão e vestidos sem manga em couro, Alê Brito se inspirou na ideia do inverno desconstruído para o verão. Em alguns momentos, há jaquetas com maiôs demais, mas em outros, há soluções bem boladas como o "body" frente única em couro com referência de alfaiataria.

Inspirado pela América Latina, Weider Silveiro apostou nas cores, em tecidos empapelados e em bons plissados. Destaque também para os bordados de flores nas roupas.

Enfim, Rober Dognani realizou coleção na onda "color block" em looks mais limpos e uma versão de vestido camiseta com cauda no final.