Monica Martelli e outras mães falam sobre a experiência de ter filhos aos 40
Estudo, carreira, diversão, a busca pelo parceiro ideal e estabilidade financeira muitas vezes vêm antes dos planos de maternidade. E isso não significa que as mulheres não queiram engravidar. Apenas adiam para quando acreditam ser a melhor hora, que, dependendo da idade, necessita de ajuda da tecnologia para acontecer. "Hoje, há exigências sobre as mulheres muito diferentes das de antigamente, quando elas eram criadas para constituir família. Elas querem muito mais e, com isso, não percebem o tempo passar", diz a médica Cláudia Gomes Padilla, especialista em medicina reprodutiva da Clínica Huntington.
Mas ser mãe após os 40 anos tem vantagens? De acordo com muitos especialistas, sim. "A mulher está mais madura, já viveu muitas experiências na vida e a maioria já conquistou um nível satisfatório na área profissional –o que a torna livre para ser mãe", diz a psicóloga Miriam Barros. Além disso, nessa fase, a mulher tem mais tempo para dedicar à criança.
"Após a decisão, a mãe está mais segura, tranquila. O bebê tem a ganhar, contribuindo para a sua saúde psíquica", afirma a psicóloga Cynthia Boscovich. A médica Cláudia concorda. "Pelo fato da mulher ser mais confiante, consegue estabelecer melhor o vínculo afetivo, resultando em relacionamentos melhores", diz.
Mas há desvantagens...
Engravidar fica mais difícil com o passar do tempo. Após os 38 anos, as chances diminuem significativamente e é muito comum ter de recorrer a tratamentos de reprodução assistida. Além disso, há o risco de complicações, como diabetes e pressão alta que surgem na gravidez, parto prematuro e bebês que nascem com baixo peso. Depois da maternidade, pode haver maior cansaço físico durante os cuidados com a criança. "Porém, a mulher que é saudável, tem boa alimentação e pratica atividade física, tem menos chances de ter problemas", diz a médica Cláudia Gomes Padilla.
A maternidade tardia pode gerar algumas situações embaraçosas no dia a dia, como as pessoas pensarem que o filho parece ser um neto. "Isso pode acontecer, mas a mãe deve estar segura para suportar comentários com tranquilidade", diz a psicóloga Cynthia Boscovich. Ela diz, ainda, que a idade não significa maior ou menor tolerância com os filhos ou enfrentar mais ou menos dificuldades quando o filho se tornar adolescente. "A maneira de educar não tem absolutamente nenhuma relação com a idade. Essa questão depende de cada um, de acordo com sua história, criação, aspectos de personalidade, crenças etc.", afirma.
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