Na Califórnia, EUA, família reconstrói casa depois de incêndio e faz melhorias
San Francisco – Há 30 anos, Gerry Agosta mantém uma construtora e incorporadora na região conhecida com Bay Area de São Francisco, na costa oeste dos Estados Unidos. Ele conta que nunca teve a oportunidade de fazer uma reforma em toda sua carreira. “Toda obra demanda um projeto diferente, então você está sempre fazendo as coisas pela primeira vez”, diz.
Mas não foi o que aconteceu com a casa que o próprio Agosta, 57, e sua mulher, Lisa Moresco, 53, construíram há cinco anos em uma íngreme rua nas redondezas de Noe Valley. Depois de comprar uma modesta casa por US$ 850.000 perto de onde eles moravam, o casal expandiu a estrutura e substituiu o revestimento de massa da fachada por tábuas de cedro vermelho e panos de vidro.
Para compensar a inclinação do lote, o arquiteto Owen Kennerly, contratado pelo casal, traçou um projeto que trouxe o living para o lugar onde originalmente ficava a cobertura da casa. Um pavimento adicional foi construído sobre o do novo living para abrigar uma suíte, e o térreo passou a abrigar os quartos dos três filhos do casal. O resultado foi uma casa moderna, que se distingue na vizinhança e com belas vistas para a cidade e a baía de San Francisco.
Perda total
Em 2009, entretanto, houve um incêndio na sauna enquanto a família passava férias na Espanha.
“Recebemos uma mensagem de texto que dizia ‘está tudo bem, mas liguem para casa’”, recorda Moresco. “Nós perdemos de 90% a 95% de tudo.”
E assim, com a superestrutura intacta, o casal embarcou em uma reforma.
Confortáveis em seu iluminado e parcimoniosamente mobiliado living, Agosta e Moresco admitem que a versão 2.0 da casa se parece bastante com a primeira construção. A planta aberta, ou seja, livre de interferências como pilares e paredes, é perfeita para dar festas até para a ocasional apresentação de flamenco (Moresco pertence à diretoria de uma companhia de dança); duas claraboias iluminam os espaços centrais, em geral desprovidos de luz natural devido à pouca largura dos lotes urbanos.
A sutil relação entre a frieza da arquitetura moderna e o calor dos materiais naturais também foi preservada. Por exemplo, na cozinha, o aço inoxidável dos equipamentos é suavizado pelo mobiliário de madeira.
Vista posterior da residência, com pátio e jardim.
O andar mais alto já fazia parte da amplicação da casa original, realizada antes do incêndio
Aconchego e fluidez
“Houve todo um cuidado para que a casa tivesse um bom nível de conforto e aconchego, mesmo com a conveniência e fluidez da planta aberta”, diz Kennerly. “Foi daí que veio essa paleta de materiais.”
E embora o casal acredite que a primeira versão da casa estivesse correta, depois de morar ali por algum tempo Agosta assume que algumas coisas poderiam ter sido melhoradas. Uma das primeiras coisas a serem trocadas foi o tipo de acabamento das paredes. A placa de gesso acartonado usado na versão original mostrava manchas quando batia o sol; agora, as paredes foram cobertas com gesso em uma tonalidade de marfim, quente e neutra. O mobiliário de madeira clara da cozinha, que já estava desbotando, agora é de nogueira, e o tampo do balcão, antes de um tipo de quartzito da moda, é de mármore. “Decididos voltar para os clássicos”, diz Agosta.
Melhores escolhas
Mas talvez a maior mudança tenha sido a planta da casa. Quando o fogo se alastrou pela casa, a parte queimada com maior gravidade foi o quarto do casal no terceiro piso, “exatamente onde estava nossa cama”, diz Moresco. “A esquadria de alumínio estava toda retorcida”, Agosta acrescenta.
Assim, o casal transferiu seu quarto para o térreo e sua antiga suíte tornou-se uma combinação de escritório, sala multimídia e quarto de hóspedes.
“Foi como um sinal”, Moresco diz. “Não vamos colocar nossa cama de volta no mesmo lugar. Resolvemos fazer uma coisa diferente”.
O incêndio foi “inimaginável”, como ela diz. Mas, como diz Agosta, tentando encontrar o lado bom dos fatos, também proporcionou uma oportunidade para uma nova sintonia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.