Ganhadoras do Oscar têm mais chance de perder o marido, diz estudo
Uma suspeita "maldição dos relacionamentos" pode estar pairando sobre a premiação do Oscar. Segundo pesquisadores das universidades de Toronto, no Canadá, e Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, a longevidade da vida conjugal de ganhadoras do Oscar, na categoria de melhor atriz, pode ser prejudicada pela estatueta.
Com dados de 1936 a 2010, a pesquisa analisou a vida dos 751 indicados, sendo que 256 eram casados ou mantinham algum tipo de relacionamento, e conseguiu descobrir resultados interessantes: 159 dos 256 candidatos (60%) tiveram pelo menos um divórcio após entrarem na disputa do Oscar.
No entanto, os pesquisadores também descobriram diferenças significativas entre indicados e ganhadores. Os casamentos das vencedoras duram, em média, 4,3 anos, enquanto os relacionamentos das indicadas ficam na média dos 9,5 anos. Já na categoria de melhor ator, a frequência de divórcios entre ganhadores e indicados não é tão significativa.
De acordo com o estudo, um dos fatores para o maior número de separação na categoria de melhor atriz seria o desconforto masculino ao ter uma parceira com mais sucesso e, consequentemente, maior renda.
Para os pesquisadores, a norma social para relacionamentos conjugais é que a posição e a renda do marido sejam superiores a de sua mulher. O estudo diz, ainda, que, de acordo com essa norma, os homens evitam parceiras cuja inteligência e ambição ultrapassem as deles, e homens e mulheres que não se conformam com os estereótipos do gênero podem ter comportamentos negativos em relação ao cônjuge e à família.
Por outro lado, a análise relata que o desconforto com a relação também pode partir da mulher vitoriosa. Com o sucesso, a insatisfação da mulher com o companheiro pode aumentar, pois ela se sente mais confiante para colocar um fim em um casamento infeliz.
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