Rótulos que mentem: estudo encontra toxinas em esmaltes que se dizem livres delas
Uma investigação de um órgão de controle de substâncias tóxicas da Califórnia (EUA) descobriu que muitas marcas que alegam ser livres de toxinas contam com as mesmas em sua formulação. A amostra, feita com 25 rótulos aleatórios, revelou que 10 entre 12 esmaltes apresentam ao menos um dos três componentes ruins que alegam não possuir.
A tentativa de regulamentar a fórmula deste cosmético começou em 2006, quando marcas americanas de esmalte, como OPI (uma das únicas realmente livres de toxinas), se uniram para retirar de seus frascos três elementos que fazem mal à saúde.
São eles um agente cancerígeno (formaldeído) e duas toxinas reprodutivas (dibutilftalato e tolueno) - os três ingredientes já haviam sido proibidos para uso em cosméticos pela União Europeia, em 2004. A partir daí, os produtos passaram a estampar a frase “three-free”, ou livres do trio de risco. Mas, mesmo com o “selo” do bem, muitos incluem os ingredientes em sua fórmula.
E como pode o rótulo mentir sobre o conteúdo do frasco? O problema é que as leis americanas que garantem a segurança em cosméticos não muda desde 1938. Ou seja, mesmo reconhecendo o problema de algumas marcas, o órgão responsável pela área não tem autonomia para retirá-las das prateleiras.
Um novo ato para a melhoria da lei foi apresentado este ano. Mesmo já tendo encontrado impasses e estando longe de ser aprovado, já é uma tentativa mais sólida de mudança.
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