Loja centenária em Paris reúne de guarda-chuvas feitos à mão a modelos de estilistas
Eles foram peças marcantes para as mulheres em séculos passados, quando combinar a roupa com o guarda-chuva era essencial para qualquer dama. De lá para cá, esse objeto tornou-se essencial na vida urbana que ultrapassou uma questão de moda. Hoje eles podem ser encontrados em muitos lugares, mas é numa vitrine abarrotada de uma avenida de Paris que fica uma das lojas mais antigas e tradicionais do mundo. A Parapluies Simon foi fundada em 1897 e até hoje é um comércio administrado pela mesma família.
Apesar da história, a fachada simples não entrega que ali foram produzidos e vendidos guarda-chuvas para gente tão importante quanto os familiares do famoso general e presidente da França, Charles De Gaulle (1890-1970).
Na Parapluies Simon os preços variam de 28 a 223 euros. Entre os 3.000 diferentes tipos de guarda-chuvas existem opções que vão do modelo de bolsa -- para as clientes mais práticas -- ao assinado pelo estilista Jean Paul-Gaultier, uma aposta para os fashionistas. Fazem sucesso ainda aqueles com cabo de madeira e ponta com formato de cabeça de bicho ou o com estampa de Paris, que serve como um suvenir.
O negócio familiar é tocado hoje por Emmanuel Simon, 43, que tem a ajuda do pai, da mãe e de uma costureira. “Os tempos mudaram, mas continuamos firmes”, diz. “Vendo guarda-chuva todo dia e as pessoas adoram o fato de que fazemos consertos também.”
No andar superior da loja funciona o ateliê onde são feitos os reparos e confeccionados artesanalmente alguns dos modelos por uma costureira que trabalha ali há 25 anos. Um dos artigos mais clássicos é o parasol. O objeto pode parecer excêntrico, mas, segundo o dono, resiste tão bem aos novos tempos quanto a própria loja.
Modelo de estilista
Guarda-chuva criado pela estilista francesa Chantal Thomass é inspirado em lingeries. Cada um custa 43 euros na Paraluies Simon, em Paris
Entre as curiosidades também é possível encontrar modelos quadrados ou inspirados em corseletes, como os criados pela estilista francesa de lingerie Chantal Thomass. Mesmo estando sempre na moda, o guarda-chuva segue as tendências das passarelas. “Hoje as estampas mais procuradas são os com listras coloridas e as com bolinhas”, conta Emmanuel.
Para ele, o guarda-chuva ideal deve estar de acordo com o biotipo da pessoa. “Se a cliente é uma mulher pequena, recomendo um de tamanho menor, que pode ser tanto dobrável quanto de cabo longo”, afirma o proprietário. “A partir daí a escolha é feita pelo gosto de cada um. Uma menina pode querer um modelo mais romântico com um laço ou preferir algo que misture várias tendências como poás, listras e babados.”
Ele diz que qualquer um dos modelos suporta a chuva fina e constante de Paris. Já as tempestades brasileiras pedem objetos com estruturas mais fortes. “Recomendo os de cabo longo com tamanho mediano”, indica Simon, que afirma receber muitos brasileiros em sua loja.
História debaixo d’água
Mesmo clássica, a Parapluies Simon não é a loja de guarda-chuvas mais antiga do mundo. Na própria capital francesa fica a Madeleine Gely, loja que foi fundada em 1834 e hoje é comandada pela designer Alexandra Sofjer.
Mas é em Londres que está o primeiro comércio especializado no objeto. A James Smith and Sons foi aberta em 1830 e ainda funciona no mesmo lugar com sua fachada original e é quase um ponto turístico da cidade.
Parapluies Simon
56, Boulevard Saint Michel
75006 Paris
Tel.: 0143541204
Madeleine Gely
218, Boulevad Saint-Germain
75007 Paris
James Smith and Sons
53 New Oxford Street London, Londres
Tel.: 020 7836 4731
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