"Homens sempre gostaram de moda", diz estilista da esportiva Lacoste
“Roupa serve para a pessoa se sentir bem, dá confiança”, disse o estilista português Felipe Oliveira Baptista, responsável pelas criações da Lacoste e que esteve em São Paulo esta semana para apresentar sua primeira coleção oficial para a marca francesa em território brasileiro.
A camisa polo
1 A peça foi lançada em 1933 pelo tenista francês René Lacoste, fundador da grife Lacoste, feita em algodão e marcada pelas mangas curtas e gola; |
2 Antes da polo, os tenistas entravam em quadra com camisa branca de manga comprida, usada dobrada, e em tecido pesado; |
3 A gola, usada para cima, ajudava a proteger os tenistas do excesso de sol na nuca; hoje, a gola levantada ajuda a marcar o estilo dos meninos cheios de pose; |
4 A barra assimétrica, maior atrás e menor na frente, foi desenhada desta maneira para que não saísse de dentro dos shorts durante as partidas; |
5 O jacaré (ou crocodilo) era usado por René Lacoste em seus uniformes e acabou se transformando no logo da marca, bordado na polo sempre à esquerda, na região peitoral |
O estilista é dos raros homens heterossexuais a povoar os bastidores do mundo da moda e acredita que uma possível aversão do público masculino ao vestir-se bem não tem fundamento. “Há um preconceito e um machismo de que o homem não liga para a moda, mas ele sempre ligou”, afirmou em entrevista ao UOL.
Nascido nos Açores durante as férias de verão de 1975, Baptista cresceu em Lisboa, se formou em Londres e passou pela Itália antes de se mudar para Paris, onde lançou a marca que leva seu nome, constituiu família e há dois anos assumiu o posto deixado pelo estilista Christophe Lemaire, com o desafio de rejuvenescer a Lacoste. A marca completa 80 anos em 2013 e carrega na bagagem a autoria da tradicional camisa polo, lançada em 1933 pelo seu fundador, o tenista René Lacoste.
Este DNA atlético sempre esteve presente nas criações da marca, mas vem sendo adaptado de maneira a complementar o visual casual, sem ter cara de uniforme esportivo. “O que nós tentamos fazer é que sejam peças bonitas e interessantes, mas que também sejam fáceis de vestir”, explicou o estilista.
Apesar de estar acostumado às criações de caráter mais exclusivo – sua marca própria desfila na semana de moda de Paris e integra a câmara da alta-costura francesa –, Felipe Oliveira Baptista gosta de fazer roupas para o público geral. “É interessante fazer coisas que você vê na rua”, disse ele. “Há prós e contras, como em tudo, mas é mais fácil de ser criativo”, falou o estilista, comparando o trabalho tido como mais popular em relação às “pirações” que a moda conceitual permite como “uma página branca em que posso fazer tudo o que quero”.
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