Acupuntura para tratar rugas? Conheça os benefícios estéticos da técnica milenar chinesa
Além de tratar problemas de saúde – que vão de dores nas costas a ansiedade – a acupuntura pode ser uma grande aliada na busca pela beleza. Isso mesmo, com a técnica milenar da medicina chinesa é possível amenizar rugas, acne, flacidez facial e corporal, gordura localizada, celulite, olheiras, manchas e estrias, entre outros problemas. “A gordura localizada, por exemplo, é mais fácil de ser tratada quando não é um caso muito avançado. Até o manequim 44 é viável conseguir um resultado, mas se a paciente veste manequim 50 é preciso mudar o estilo de vida para então começar o tratamento”, esclarece a médica Sylvia de Petta Ariano, do Ambulatório de Acupuntura Estética da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “(O resultado) varia de acordo com o paciente, depende do problema a ser tratado e da intensidade da alteração estética”, explica Doris Bedoya Henao, médica responsável pelo Departamento de Acupuntura da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu (SP).
Estímulo elétrico
Quando o foco é tratar disfunções de estética, parece ser consenso entre os especialistas o fato de que as agulhas clássicas, tradicionais, são menos potentes do que aquelas utilizadas com estímulos elétricos – método chamado de eletroacupuntura. “O estímulo elétrico provoca na região tratada uma reação inflamatória aguda, que melhora a circulação sanguínea e linfática e aumenta a oxigenação das células. Esse processo produz a lipólise de células gordurosas, isto é, queima de gordura, e o aumento da produção de colágeno e elastina, efeitos muito bons para aumentar o tônus muscular e a firmeza da pele. Portanto, reduz gordura localizada, trata a flacidez e ameniza rugas, devolvendo viço à pele”, justifica Sylvia de Petta. Apsicoterapeuta Alcéa Abujamra, 63 anos, de São Paulo, confirma o mecanismo. “Faço para tratar rugas, gordura localizada e flacidez e estou muito satisfeita. Sinto minha pele mais tonificada e firme”, conta a paciente, que adotou o método há mais de dez anos. “Sempre fiz acupuntura para a saúde, então resolvi fazer também para a estética e é muito bom. Para flacidez faço em diversas áreas do corpo, glúteos, pernas, abdômen, inclusive nos braços, e funciona demais”, relata.
Força extra
Na área de estética, os médicos costumam combinar outras técnicas ao tratamento, de acordo com a necessidade de cada caso. “Contra a celulite, por exemplo, funciona muito bem unir a ventosaterapia, que é o uso de ventosas (de vidro ou plástico), elas exercem uma pressão negativa sobre a pele, fazendo uma sucção similar a de uma massagem profunda. O uso de óleos com manobras de drenagem em direção aos vasos linfáticos também potencializa o tratamento”, acrescenta Doris. Assim como unir métodos diferentes é eficaz, aplicar as agulhas além dos pontos clássicos também pode ser útil, como é o caso das rugas de expressão, acne, celulite e gordura localizada. “Para obter uma melhora das rugas de expressão, por exemplo, tonificamos o músculo flácido e sedamos o músculo rígido”, conta a médica.
A importância do equilíbrio
No entanto, de um modo geral, para a medicina oriental, todos os problemas estéticos são considerados algum desequilíbrio do organismo. “É possível observar o equilíbrio físico, mental e espiritual através da visualização do rosto de uma pessoa. A beleza da pele reflete nossas condições de saúde: não existe doente com pele viçosa ou brilhante”, ressalta Doris. “Na medicina chinesa trata-se o doente não a doença, diferentemente de outras intervenções estéticas que só tratam o local afetado”, completa a médica da Unesp. Para Sylvia de Petta também não tem como tratar da estética sem pensar no corpo como um todo. “Mesmo nos tratamentos estéticos é recomendado fazer acupuntura geral, para harmonizar e equilibrar as funções do organismo que podem estar descompensadas e, assim, refletirem na aparência”, destaca a médica.
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