Fashionistas contam por que seguem tendências controversas da moda
Peças como o tênis com salto embutido, as saias ‘mullet’ -- mais curtas na frente que atrás -- e as blusas que deixam a barriga à mostra, estilo ‘cropped’, podem ser polêmicas, mas nem por isso não estão presentes no visual de boa parte do público que circula pelo maior evento brasileiro de moda, o São Paulo Fashion Week.
O modelo de tênis criado pela estilista francesa Isabel Marant é campeão tanto em termos de provocar críticas quanto de conquistar adeptos. Muita gente achava o calçado feio quando ele surgiu, mas após ver o acessório no pé de outras pessoas, resolveu experimentá-lo e aderiu. "A maioria das vezes acontece isso", diz a empresária e estilista Grazieli Martinelli, 23, de Belém. Usando um vestido mullet e um sneaker preto, ela concorda que muitas tendências de início não parecem atraentes, mas que acaba sendo conquistada pelas peças com o passar do tempo. O sneaker, no seu caso, também quebrou um galho: "Tenho problemas na lombar e antes eu não usava salto".
A questão do conforto é apontada por outras usuárias do tênis. A estudante de moda Marcela de Lima, 21, vê o calçado como uma boa opção de usar um salto sem se sacrificar tanto ou "parecer perua". Seguidora de tendências, ela acredita que "tudo é adaptável" ao modo de vestir de cada um.
Embora a ideia de coordenar a moda com o estilo pessoal seja apontada como regra por muitas fashionistas, parece ser bem comum, especialmente entre as mais jovens, encarar (ou tentar encarar) quase tudo o que é lançado como novidade pelo mercado e difundido em revistas, sites e blogs.
Outra fã do sneaker, a estudante Marina Gomes, 19, acha que o fato de fazer faculdade de moda implica na importância de usar as tendências. A relação entre o trabalho e o que se veste também é usada pela consultora de moda e blogueira peruana Talia Echecopar, 29, para justificar o seu visual. "Estou com floral, neon e a saia de proporções. É meu trabalho usar as tendências, e eu gosto", diz ela.
A saia mullet usada por Talia é outra peça alvo tanto de defesa quanto de críticas. A estudante Larissa Santos, 17, adepta do sneaker, acha que nunca usaria o modelo. Já Gisele Guedes, 19, também estudante, conta que começou a usar a peça em março deste ano e agora "só veste isso" -- “Adoro as proporções!"
Barriguinha de fora
A maquiadora Bárbara Rainho, 18, acha os tops “cropped” bons para dias quentes como os desta temporada de SPFW, montada em uma espécie de tenda-estufa no parque Villa Lobos, região oeste da capital. "Gosto também de usar cintura alta e, junto, cai bem", diz ela. No evento, ela combinava a blusa curtíssima a uma saia de couro.
Já a estudante Thalita Plantier, 19, conta estar usando "tudo cropped" atualmente. Para ela, a questão é estar diferente, ainda que na moda. "Gosto de parecer mais estranha do que de seguir tendência. Se a tendência for estranha, daí casa", tenta explicar a estudante.
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