Além da madeira: saiba como escolher o deck ideal e quais são as novidades
A área no entorno de piscinas e ofurôs precisa de um piso que, além de bonito, tenha características técnicas específicas, como antiderrapância, durabilidade, boa resistência à umidade e à insolação.
Tradicionalmente utilizam-se nesses locais réguas de madeiras nobres, previamente tratadas, resistentes a cupins e ao apodrecimento, como é o caso do ipê e da itaúba. Mas nos últimos anos, a busca por matérias-primas mais resistentes às intempéries - que exigem manutenção menos frequente - associada à procura por soluções mais econômicas e sustentáveis, levou ao desenvolvimento de materiais alternativos para a construção de decks. Entre os novos revestimentos estão o porcelanato e o piso cimentício, que procuram imitar a madeira, e o plástico, feito a partir de materiais reciclados.
Assentado com argamassa, o porcelanato é um material fino, de aparência sofisticada e fácil manutenção e limpeza, que pode conter em sua composição uma porcentagem de elementos reciclados. Já os decks plásticos, instalados por encaixe como os tradicionais de madeira, se caracterizam por ter em sua composição 70% de serragem de madeira certificada e 30% de resíduos industriais de plástico. “Esse tipo de produto dispensa manutenção, o que é uma vantagem importante em relação à madeira, que embora tenha beleza imbatível, demanda reparos, em geral a cada ano”, compara a paisagista Mônica Sanches, que atua em Curitiba (PR).
Como comparar?
Na hora de selecionar qual tipo adquirir, a dica é observar as condições do local de aplicação e a intensidade de uso que o ambiente terá. A escolha acaba por se pautar, principalmente, pelo efeito estético que se quer obter e também pelo preço.
“Em geral, se estamos falando de um ambiente de pequenas dimensões no qual o usuário passa bastante tempo, vale à pena investir em materiais mais nobres, como a madeira e o porcelanato. Já nos casos em que a área a ser revestida é muito ampla, a opção pelo deck plástico pode ser a mais indicada, lembrando que esse tipo tende a ser interessante - também - em áreas de churrasqueiras, por ser de fácil limpeza, ou para casas localizadas em regiões litorâneas, expostas à intensa salinidade”, explica a arquiteta e paisagista Daniela Sedo.
Porcelanatos e materiais plásticos são opções de material para deck, além da madeira
A preocupação com o custo faz sentido porque, embora existam materiais cada vez mais em conta, a construção de um deck em volta de uma piscina requer um investimento razoável. “Há cerca de cinco anos, o revestimento de plástico custava mais que o de madeira. Por isso, apesar da facilidade com a manutenção, era difícil convencer alguém a usá-lo. Hoje, tanto o de madeira tradicional quanto o plástico têm preço similar”, revela Sedo.
Decks de madeira podem ser encontrados a partir de R$ 250/m², chegando a R$ 600/m², dependendo da madeira escolhida e de particularidades da instalação. Um pouco mais econômico, os de plásticos e os de porcelanato ficam na faixa de R$ 50/m² a R$ 150/m². “Mas no caso do porcelanato é importante considerar que haverá um custo extra de instalação. O serviço deve ser realizado por um por pedreiro habilitado a fazer assentamento de piso”, salienta Daniela Sedo, ressaltando que esse tipo de cuidado é fundamental para garantir a regularidade e resistência do piso.
Uma solução que costuma apresentar boa relação custo-benefício, segundo Mônica Sanches, é o deck ripado de madeira construído a partir de pinus autoclavado. “A madeira passa por um processo que garante uma maior durabilidade para utilização nas áreas externas. Porém, ela tem um tom esverdeado devido ao processo realizado”, comenta a paisagista.
Cuidados gerais, passo a passo
Ao escolher o deck é importante observar se o material foi produzido especialmente para aplicações externas e para áreas molháveis. Do contrário, a durabilidade e a segurança quanto ao escorregamento podem ficar comprometidas. “Além disso, quando usamos madeira, devemos dar preferência a utilizar o lado frisado da tábua, que é antiderrapante. O mesmo vale para o piso plástico”, recomenda Daniela Sedo.
Durante a instalação a regra é seguir as orientações do fornecedor e observar as garantias oferecidas. Isso porque há muita diferença de qualidade entre os produtos no mercado. No caso do deck de madeira, em especial, certifique-se da origem do lenho e dos tratamentos aos quais ele foi submetido, como por exemplo, secagem em autoclave.
De acordo com a Indusparquet (www.indusparquet.com.br), empresa que produz pisos e decks de madeira, um erro muitas vezes cometido na instalação de decks é não deixar espaçamento necessário entre as placas para dilatação, o que resulta em fissuras e tábuas empenadas. O piso utilizado em ambientes externos sofre mais movimentos de contração e dilatação, por isso, deixe uma distância de, no mínimo, 4 mm entre as réguas de madeira.
Também é fundamental preparar devidamente a área que irá receber o deck. Mônica Sanches lembra que, de forma geral, os ripados sobre grama em terrenos planos são mais simples de serem executados. Nesses casos, basta remover a grama e construir pequenas vigas de concreto no solo, no mesmo sentido do deck, com distanciamentos de 60 cm a 80 cm. Entre essas vigas segue uma camada de manta geotêxtil - para drenagem - coberta por pedriscos. “A ideia é deixar o solo permeável, mantendo a madeira mais seca e mais protegida”, explica a paisagista.
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