Mais expostas na temporada de calor, axilas exigem o dobro de cuidados nessa época
Apesar de ser uma região discreta, durante o verão as axilas acabam ficando mais expostas. E justamente por ser uma área que fica escondida no restante do ano, sempre coberta, é que a pele dessa região está sujeita a problemas como pelos encravados, escurecimento da cútis e alergia – todos visíveis, razão pela qual é preciso ter o dobro de cuidado. “As axilas têm uma pele mais fina, se comparadas com a região exposta dos braços, por exemplo. Portanto, é mais sensível a irritações por ativos químicos contidos nos desodorantes, sabonetes e cremes depilatórios. Para agravar a situação, é uma área de dobra cutânea, o que favorece a absorção de substâncias que estejam em sua superfície aumentando o risco de alergias”, justifica a dermatologista Flávia Martelli, de São Paulo. E não é só. “Além disso, o contato frequente com o suor, secreção de pH mais ácido que o da pele, pode ser responsável por uma suave, porém constante, agressão local, o que também leva a irritação e ao escurecimento da área”, completa a dermatologista Vivian Amaral, do Rio de Janeiro. Não bastassem todos esses fatores desfavoráveis, a axila ainda sofre o constante atrito das roupas. “Calor, umidade e atrito favorecem o acúmulo de bactérias, provocando as irritações. As bolinhas ou pontinhos inflamados são sinais de pelos encravados, que ficam sob a pele porque enfraquecem e não têm força suficiente para romper a camada superficial e continuar crescendo. Essa fraqueza pode ser causada por vários motivos como pele ressecada, distúrbios hormonais, excesso de queratina na pele, atrito constante com a roupa e pela remoção regular dos pelos, seja por depilação com cera quente, cera fria, lâmina ou cremes depilatórios”, conclui a dermatologista Maria Fernanda Tembra, também de São Paulo.
Desodorantes
O que era para ser um fator de proteção, em alguns casos, acaba sendo um dos motivos que fragiliza a região. Grande parte dos desodorantes é produzida com tecnologia de ponta, ativos específicos, substâncias calmantes, hidratantes, regeneradoras etc., mas dependendo da sensibilidade da pele, mesmo os bons e de marcas conhecidas, podem causar reações. “As versões em creme, bastão e roll-on são sempre melhores, pois não contêm tanto álcool, o que resseca e irrita menos a pele. Já os líquidos, com base alcoólica, não têm tanto poder de hidratar e muitas vezes ressecam a pele”, explica Maria Fernanda Tembra. “O ideal é não conter álcool, nem perfume, e ser hipoalergênico”, resume Flávia Martelli, se referindo às informações que são facilmente identificadas na embalagem. “As fórmulas dos produtos nas versões roll-on e aerosol são diferentes. O aerosol não contém água, sua aplicação é mais seca. Já o roll-on, tem água e agentes emolientes em sua formulação, com um sensorial parecido a de uma loção para o corpo”, justifica Sueli Cagliari, gerente de pesquisa e desenvolvimento da área de cuidados pessoais da Unilever. Quem tem alergia, no entanto, pode lançar mão de fórmulas manipuladas específicas para cada necessidade.
Depilação
Essa é uma questão importante para manter as axilas saudáveis, sem manchas ou irritações. E o melhor método para garantir esses resultados é a depilação a laser – unanimidade entre os médicos. Mas, claro, por se tratar de um procedimento de custo alto, que requer consulta médica e a realização por um dermatologista, nem todo mundo pode se beneficiar dessa segurança. Sem problemas, algumas dicas podem ajudá-la na tarefa de remoção dos pelos, a fim de preservar a pele das axilas, são elas:
• As lâminas de barbear, principalmente quando usadas no sentido que nasce o pelo, agridem menos que a cera
• Cremes depilatórios, apesar de feitos para isso, podem provocar irritações – assim, é melhor fazer um teste antes de aplicar
• Esfoliar a pele após a depilação facilita a saída do pelo e evita os encravados
• Manter a região hidratada com desodorantes calmantes que diminuem inflamação e pelos encravados
Clareamento
Entre as técnicas mais eficazes para clarear as axilas estão o laser e a luz intensa pulsada, métodos que solucionam de vez o problema, pois destroem a melanina (substância que produz o pigmento) e removem parte da pigmentação escura. “Os peelings, que consistem na aplicação de substâncias ácidas sobre a pele, também funcionam bastante, eles levam a descamação e, por consequência, clareiam a área”, destaca Vivian Amaral. Mas, assim como o laser, são procedimentos caros. Outra opção, mais acessível, são os clareadores tópicos. “O clareamento dessa região deve ser feito de forma cuidadosa, com cremes clareadores prescritos pelo dermatologista e nunca com automedicação. Lembrando que o escurecimento ocorre como consequência de uma irritação e os cremes clareadores também são irritantes, podendo até agravar as manchas. Os clareadores vendidos sem prescrição costumam ter concentrações menores, portanto são mais fracos. E usar os mais potentes, por conta própria, é arriscado”, alerta Flávia Martelli. A hidroquinona, por exemplo, ativo muito usado nas fórmulas despigmentantes, prescritas por dermatologistas, não deve ser utilizada de forma continua por muito tempo e exige acompanhamento médico rigoroso.
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