Timidez na cama atrapalha o sexo, mas tem solução; é o seu caso?
Mesmo as pessoas mais extrovertidas podem travar diante de uma situação considerada ameaçadora. E não é incomum que a timidez surja durante o sexo. "A timidez em si não é um problema. A situação merece atenção apenas quando essa característica impede a pessoa de ser feliz ou de desfrutar a sexualidade", explica a psicóloga Luciana Amadi, educadora sexual do Instituto Kaplan.
Nesse caso, é preciso entender o que está causando a insegurança. Muitas vezes, a timidez é fruto de uma educação repressora. Mas há outros fatores que influenciam, como a autoestima. "Uma pessoa que não se sente à vontade com o próprio corpo ou que não se acha capaz de satisfazer alguém pode ter mais dificuldade de se entregar na hora da relação", afirma Luciana.
A inexperiência ou a falta de intimidade com o parceiro ou parceira também conta. "Pode acontecer de a pessoa ter vergonha de quem está dividindo a cama com ela e não do ato sexual em si", diz Carolina Ambrogini, ginecologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
O problema é que tanto constrangimento acaba interferindo na qualidade da relação. "Se você não se sente bem, não relaxa. Esquece o prazer e se concentra na performance. Assim, pode perder completamente o desejo e a excitação", explica a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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- http://mulher.uol.com.br/comportamento/enquetes/2013/02/26/voce-se-considera-uma-pessoa-timida-na-cama.js
Também é comum que a timidez se associe à dificuldade de falar suas preferências sexuais (e até de exigir o uso de preservativos, por exemplo).
"Pessoas que não expressam adequadamente as emoções estão mais sujeitas a sofrer de disfunções sexuais", de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade.
"Pessoas que não expressam adequadamente as emoções estão mais sujeitas a sofrer de disfunções sexuais", de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade.
Tem solução
Felizmente, é possível passar longe desses problemas na cama e, para vencê-los, o autoconhecimento é o primeiro passo. Segundo os especialistas, é importante explorar o próprio corpo, perceber as suas reações físicas, para poder se sentir mais à vontade consigo mesmo e, num segundo momento, dizer ao parceiro ou parceira o que gosta e como gosta. "Além disso, o toque e a masturbação são formas de dar carinho a si mesmo, o que é ótimo para a autoestima”, de acordo com Luciana.
Criar um clima de intimidade também ajuda. Ampliar os temas de conversa e falar mais abertamente sobre sexo, mesmo quando não estiverem na cama, também. Na ocasião, você pode até revelar que fica sem graça de dizer o que sente, mas que tem intenção de estabelecer esse tipo de troca, conhecendo, inclusive, as posições e fantasias que excitam quem divide a cama com você.
Depois desse passo, certamente haverá mais afinidade entre o casal e ambos sairão ganhando. "Apostar nas preliminares é uma forma interessante de se conectar ainda mais com o parceiro e de buscar o envolvimento necessário para, finalmente, se entregar por completo", diz Carolina.
Depois desse passo, certamente haverá mais afinidade entre o casal e ambos sairão ganhando. "Apostar nas preliminares é uma forma interessante de se conectar ainda mais com o parceiro e de buscar o envolvimento necessário para, finalmente, se entregar por completo", diz Carolina.
Respeite-se
De qualquer forma, não se obrigue a fazer mudanças radicais de uma hora para outra e respeite a sua natureza. “Se você já sabe que se constrangerá de transar com uma pessoa que acabou de encontrar, dê-se ao direito de conhecê-la melhor antes de dar esse passo. O importante é que, quando decidir ter a relação sexual, você consiga realmente desfrutá-la”, diz Carmita.
Em alguns casos, o acompanhamento de um psicólogo é bem-vindo, especialmente quando a timidez na cama é o resultado de uma educação muito moralista. Nesse caso, aspectos relacionados à infância e à adolescência terão que ser revistos, num processo um pouco mais complexo.
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