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Aprenda com Fernanda do "BBB13" o que não fazer por homem nenhum

Fernanda e André, no "BBB13": casal tem relacionamento do tipo "ioiô" no reality show da Globo - Divulgação TV Globo/João Cotta
Fernanda e André, no 'BBB13': casal tem relacionamento do tipo "ioiô" no reality show da Globo Imagem: Divulgação TV Globo/João Cotta

Heloísa Noronha

Do UOL, em São Paulo

09/03/2013 08h01


Quem acompanha o "BBB13" sabe que a advogada mineira Fernanda, 26 anos, está caidinha de amores pelo empresário capixaba André, de 24. Entre idas e vindas, carícias e discussões, os dois vivem um romance do tipo "ioiô", caracterizado principalmente pela marcação cerrada da loira em cima do rapaz.

Completamente apaixonada, Fernanda mete os pés pelas mãos e vem cometendo erros típicos de quem não consegue lidar com as questões que envolvem a definição (ou não) de um romance. Veja, a seguir, os principais foras da moça e por quê eles podem colocar a perder um namoro que poderia dar certo.

 

Querer um romance do tipo "chiclete"

 
Às vezes, Fernanda se comporta como uma adolescente. Exige, por exemplo, a presença de André o tempo todo ao lado dela e volta e meia requer atenção exclusiva. "Ela é o tipo de garota invasiva, que sufoca. Já vi cenas em que o André está conversando com alguém e ela o interrompe ao puxar o rosto dele e beijá-lo na boca", conta Sandra Maia, especialista em comportamento humano e autora do livro "Eu Faço Tudo por Você: Histórias e Relacionamentos Codependentes" (Ed. Celebris).

Para Sandra, Fernanda é do tipo difícil de ter uma relação longa. "Alguns homens até necessitam de parceiras mais grudentas. Mas a maior parte não entra nesse jogo, porque não querem conviver com uma pessoa que quer preencher todos os campos de sua vida", diz ela.
 

Colocar a relação à frente do parceiro

 
Fernanda parece se importar mais em estabelecer definições para o relacionamento do que em conhecer os sentimentos e as necessidades de André. Na opinião de Sandra Maia, há mulheres que dão mais significado à relação do que ao próprio parceiro. Não é à toa que ela o chama de "príncipe", o símbolo da idealização.

"O apelido revela muito sobre Fernanda. A impressão que se tem é que ela quer vestir nele a fantasia de príncipe, uma fantasia pré-determinada segundo seus próprios pensamentos. Na realidade, é claro que a roupa não serve nele", afirma o psiquiatra e terapeuta sexual Carlos Eduardo Carrion. 
 

Questionar a masculinidade do sujeito ao levar um fora

 
A exemplo de Kamilla, Fernanda também já chegou a considerar que André é gay. Chegou a mandar um recado para a mãe dele, dizendo que o namorado precisava tomar 'shake' de amendoim para que ele se animasse. "Esse tipo de atitude preconceituosa só reforça o conceito machista de que homem que é homem tem de pegar todo mundo", diz Eliete Matielo.

"No BBB, há a questão da exposição. Mas, na vida real, muitas mulheres reagem dessa forma quando um homem não se dispõe a transar logo de cara", completa a psicóloga. Falta de química, de tesão ou apenas a vontade de esperar não costumam ser argumentos bem aceitos para algumas garotas. Fernanda também cogitou a hipótese de André ter sofrido um trauma amoroso no passado e, portanto, evita estabelecer vínculos. "Talvez ele não queira mesmo estabelecer vínculos, mas com ela", afirma Eliete.
 

Discutir a relação o tempo todo

 
Se convocar o parceiro para discutir a relação já é algo tido como chato para casais juntos há anos, o que dizer de tentar analisar a fundo um romance que mal começou a engatinhar? "Parece que a Fernanda quer transformar o André no psicólogo dela, não só num parceiro", declara a psicóloga Eliete Melo, diretora da agência de relacionamentos Eclipe Love. Em algumas situações, ela exige posicionamentos do empresário mas mal o deixa falar. Esmiuçar o tempo todo um romance logo no início também soa como uma tentativa de criar um compromisso antes de o outro ter tempo de querer se comprometer.

"O homem percebe essa atitude como invasão, cobrança, e se fecha", de acordo com Carlos Eduardo Carrion. Talvez seja essa uma das razões que fizeram André se desvencilhar quando Fernanda cobrou que dissesse as "três palavrinhas mágicas": eu te amo. Os especialistas dizem que Fernanda escolhe os piores momentos para convocar uma D.R.: durante festas, quando o álcool prejudica a comunicação.
 
 

Provocar ciúme para testar reação

 
Parece que Fernanda quer seguir os mesmos passos de Maria Merilo, do BBB 11, e de Renatinha, do BBB 12: irritar o alvo de sua cobiça se mostrando desejada por outros homens. A fim de testar os sentimentos de André, que chegou a afirmar que desprezava seus joguinhos, Fernanda se aproximou de Yuri e de Marcello. Mas apostar nessa estratégia pode ser uma furada.

"Em um primeiro momento, o parceiro atingido pode ficar enciumado e, por instinto de competição, passar a valorizá-la mais", diz o psiquiatra Carlos Eduardo Carrion. "Mas depois há o risco de o homem se sentir fragilizado, inseguro, e achar que a garota não é digna de confiança. Ele pode ter medo de que, a cada briga, ela corra para os braços de outro. E ninguém quer viver com essa sensação".
 

Expor intimidades do casal

 
Fernanda não consegue enxergar com clareza a maneira como cerca André nem avaliar as próprias atitudes. O problema é sempre com ele, nunca com ela –e partir para criticar o moço pelas costas é um pulo.

Segundo Carlos Carrion, ao reclamar excessivamente do parceiro para os outros, a loira acaba colocando-o no papel de alvo. E outros participantes acabam entrando no jogo –quem não se lembra de Kamilla questionando as razões de o rapaz não querer ficar com a advogada, chamando-o de "brocha" e "bicha"? Não há problema em abrir o coração com os amigos. Mas isso, invariavelmente, só permite uma opinião distorcida dos fatos, já que a versão da outra parte não é considerada.
 

Usar o sexo como ferramenta de convencimento

 
Ao se mostrar carente sexualmente, Fernanda só consegue acuar ainda mais um temeroso André –foi o que aconteceu quando a moça o convidou para ir para o quarto. "O sexo é um bom ‘adesivo’, sim, que estimula uma ligação. Mas se a relação só se basear nisso, ou não houver um interesse genuíno de um pelo outro, não dura muito tempo", fala Carlos Eduardo Carrion.