Um é pouco, dois é demais? Crianças contam como é ser filho único
Você já deve ter ouvido falar que "mãe só tem uma". Agora, está cada vez mais comum ouvir que "filho só tem um" também. Isso porque as famílias brasileiras estão ficando menores com o passar do tempo.
Há 50 anos, as mulheres tinham, em média, seis filhos. Hoje, esse número caiu para dois (veja quadro ao lado).
Alguns fatores provocaram essa mudança. As mulheres começaram a trabalhar fora de casa e a se casar mais tarde. Além disso, o custo para manter um filho aumentou.
Para as crianças, ser filho único pode ter vantagens. "Se fosse um irmão gêmeo, seria legal. Mas menina? Nem pensar. Já tenho uma cachorra grandona que é como uma irmã", diz Ivan Buragas Ometto, 9.
Entre os 24 alunos de sua classe, 20 também são filhos únicos. "Meu amigo ganhou uma irmã, mas acho que ele não gostou muito. Quando fui visitá-lo, tinha uma montanha de fraldas no sofá."
Mas, e se seus pais decidirem ter mais um filho? Ivan responde: "Eu mal vejo minha mãe. Com um irmão, teria que dividir esse tempo e minhas coisas."
Matheus Hiramuki, 7, não gostaria de dividir seus brinquedos, mas vê vantagens em ter um irmão. "Quando ele crescesse, eu teria um parceirinho. E minha mãe não pegaria tanto no meu pé."
Muitos amigos de Lara Mayer, 9, têm irmãos. "Eu também queria, mas minha mãe disse que a fábrica tinha fechado." Agora, a situação se inverteu. "Minha amiga tem três irmãos e sonha em ser filha única."
NETA ÚNICA
Além de filha única, Isabela Pagliarini, 7, era neta única até os dois anos de idade, quando seus primos nasceram. "Antes, ficava com ciúme deles. Agora eles cresceram e a gente brinca juntos." Fabiana, 40, diz que mima a filha sem perceber. "Como deixei de trabalhar para cuidar da Isa, faço muitas coisas para ela. Acho que é superproteção."
CHEIA DE AMIGOS
Lara Mayer de Azevedo, 9, tem tantos amigos que não sente falta de irmãos. "Jogo videogame, brinco com e leio gibis. Se canso, encontro com minha vizinha Catarina, que também é filha única." A mãe, Myrian, 51, concorda. "Ela é bem extrovertida e gosta de liderar as brincadeiras."
ECONOMIA DE MESADA
Ivan Ometto, 9, não ganha tudo que pede. "Se ela diz que não vai me dar, economizo a mesada." A mãe, Gisele, 39, conta que nem sempre foi assim. "Dava muitos brinquedos, mas existem mimos mais especiais, como fazer um bolo de chocolate, por exemplo."
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