No quarto do bebê, opte por móveis neutros e use cor nos detalhes
Montar o quarto do bebê e equipá-lo, para dar o máximo de conforto e segurança ao recém-nascido, exige planejamento e organização. A primeira decisão a ser tomada diz respeito ao estilo e ao conceito do ambiente, o que dará origem a um tema. A definição permitirá trabalhar com uma cartela de cores específica em toda a decoração.
Cores fortes, em geral, devem ser evitadas. Hoje, há inúmeros outros recursos para dar destaque às paredes, tais como papéis estampados, adesivos e quadros. “Se optar por cores e papéis delicados nas paredes, poderá abusar mais dos quadros e dos detalhes. Porém, se o papel for mais ilustrado e colorido, deixe que ele se sobressaia”, afirma a decoradora Vanessa Guimarães, de São Paulo.
Depois de definido o conceito que vai nortear a concepção do ambiente e da escolha dos revestimentos, o passo seguinte é pensar nos móveis que o quarto vai abrigar. “Berço, cômoda com trocador, poltrona de amamentação, cama para mãe ou babá e guarda-roupa são itens essenciais”, afirma o arquiteto Luciano Dalla Marta, de São Paulo.
Em casos de orçamento mais modesto ou de pouco espaço, a saída é priorizar o berço, a poltrona e a cômoda. “É fundamental tirar medidas do ambiente e se certificar de que as peças escolhidas, ao serem dispostas no quarto, permitirão uma boa circulação, o que é essencial para que o ambiente se torne funcional e confortável”, diz Vanessa.
Esses móveis podem ter detalhes e algum toque de cor. No entanto, para não errar, o ideal é ficar com os mais discretos. “O melhor é optar pelos móveis em laca branca ou madeiras claras, como carvalho. Também gosto de fazer projetos em tons de off white ou beges”, fala a designer de interiores Daniela Colnaghi, de São Paulo.
A escolha do mobiliário deve ser feita até o quinto mês de gravidez, mais ou menos. “O ideal é que o quarto esteja pronto quando a mãe entrar no sétimo mês, caso o bebê nasça antes do planejado. E é interessante calcular, pelo menos, 60 dias entre o início e o término da instalação de todos os móveis e acessórios”, afirma o arquiteto Dalla Marta. As lojas de mobiliário, normalmente, pedem por volta de 45 dias para a fabricação e entrega dos itens escolhidos.
Em uma terceira fase, após a compra dos móveis, o desafio é sair em busca de cortinas e do enxoval, já que essas peças também podem levar até um mês para serem confeccionadas, dependendo dos detalhes de personalização.
Um enxoval básico é composto de edredom e lençóis. Segundo a AAP (Academia Americana de Pediatria), por causa do risco de sufocamento, o kit de berço (com almofadas laterais e de cabeceira), que tem uso bastante difundido, deve ser evitado até um ano da criança. Pela mesma razão, a instituição não recomenda uso de travesseiro.
Por último, entram os acessórios mais decorativos, como lustre e luminária ou abajur, o kit de higiene com trocador e o tapete.
Justamente por se tratar de um quarto de bebê, deve-se tomar cuidado com o exagero. A regra geral é que as peças grandes sejam neutras e que os detalhes mais aparentes fiquem nas peças menores, como abajures, edredons, almofadas, quadros ou adesivos, que podem ser facilmente trocados, quando se quiser dar uma nova cara ao ambiente. “O mais importante, para um bom resultado, é que haja harmonia entre as cores que aparecem em toda a decoração”, fala Vanessa.
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