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Em só 5 minutos, modelos fazem o cruzamento "mais rápido da história"

Grupo de modelos corre durante cruzamento entre os desfiles da Sacada e Oh Boy. Em busca de rapidez, elas entraram no camarim pela sala de desfile, não pelos fundos do evento - Fernanda Schimidt/UOL
Grupo de modelos corre durante cruzamento entre os desfiles da Sacada e Oh Boy. Em busca de rapidez, elas entraram no camarim pela sala de desfile, não pelos fundos do evento Imagem: Fernanda Schimidt/UOL

Fernanda Schimidt

Do UOL, no Rio

07/11/2013 21h48

A programação de desfiles desta quinta-feira (7) no Fashion Rio é crítica. O intervalo entre o primeiro e o segundo desfile era de apenas 30 minutos. Do segundo para o terceiro, e deste para o último, o tempo era um pouco mais folgado, com 45 minutos.

Normalmente, as semanas de moda do Rio e de São Paulo colocam um mínimo de uma hora entre apresentações, podendo chegar a 1h30 dependendo do desfile. Como os atrasos são frequentes, mesmo em condições normais, quem está na cobertura desta edição do evento esperava o caos total.

Para surpresa dos presentes, o desfile da Sacada, primeiro neste segundo dia de Fashion Rio, começou apenas 10 minutos após o horário marcado no convite. Ao fim da apresentação, a tensão pairava sobre a equipe de produção do evento, responsável por levar as modelos de um camarim para o seguinte, movimento que, na moda, ganha o nome de “cruzamento”.

Pessoas com rádios corriam de um lado para o outro, conduzindo grupos de modelos até seu próximo destino. Em cerca de cinco minutos desde o término do desfile da Sacada, o primeiro grupo de meninas entrava no camarim da Oh Boy, usando por fins de agilidade a porta de entrada dos convidados, em vez da dos fundos do evento, já que a passagem ali estava tomada pela imprensa. A Oh Boy dividia camarim com a Coca-Cola Jeans, que acabava de receber a atriz Bruna Marquezine, convidada surpresa do desfile, que também conta com Kayky Brito e o top Marlon Teixeira.

O cruzamento foi feito em tempo recorde. Ainda assim, a apresentação seguinte começou com meia hora de atraso, o que tem sido praxe nas últimas temporadas (e um avanço sobre a usual uma hora que imperava anos atrás).

Segundo o diretor de desfiles Wan Vieira, “é impossível produzir um desfile” com intervalo tão curto. Ele cita 1h30 como o mínimo necessário para que tudo ocorra com tranquilidade. “Menos do que isso, é o jeito que está: corrido”, falou. Ele era o responsável pelo desfile da Alessa, segundo do primeiro dia de Fashion Rio, na quarta. “Já era para a gente estar soltando o desfile e ainda nem chegou o cruzamento”, disse ele, olhando para o relógio: 21h16, um minuto após o horário marcado para a Alessa mostrar seu Inverno 2014.

A agilidade, no entanto, tem um preço. Os cenários estão especialmente enxutos. Patrícia Viera montou uma passarela de terra batida, Alessa usou o cimento do chão do galpão do Píer Mauá mesmo, Victor Dzenk investiu na boca de cena, assim como a Sacada, e a Oh Boy colocou letras gigantes em 3D no meio do caminhar das modelos. Outro setor que sofreu com a mudança inesperada é o da beleza, que teve de se virar com opções mais simples de cabelo e maquiagem, para não complicar a preparação do desfile seguinte. Afinal, o trabalho ali não é só o de maquiar as modelos. Primeiro, a equipe tem de limpá-las da apresentação anterior.