Chuchu é uma trepadeira rústica que pode ser cultivada em vaso
Como o ditado diz, o chuchu adora uma cerca. E a explicação é simples: a planta é uma trepadeira rústica e precisa de um tutoramento, ou seja, uma cerca, um aramado, uma pérgola ou qualquer outra estrutura que suporte seu crescimento para se desenvolver bem. O Brasil é o maior produtor mundial da hortaliça-fruto e, São Paulo, o maior centro de produção e consumo, apesar do vegetal ser originário da América Central e do México.
O chuchu (Sechium edule), também conhecido como machucho ou caiota, pertence à família das cucurbitáceas, que inclui as abóboras, abobrinhas, melões, melancia, pepinos, bucha e maxixe. A planta é semi-perene e pode ser cultivada por três a seis anos. Em hortas caseiras é possível plantar chuchus de vários formatos, cores (do creme ao verde-escuro) e tamanhos. Apesar da fama de ter pouco sabor, o fruto é rico em ferro, magnésio, potássio, fósforo e cálcio, além de possuir alto teor de fibras e ter efeito diurético e poucas calorias.
Plantio
O plantio é feito a partir de um chuchu-semente que pode ser obtido junto a um produtor ou, em casa, depois de certa espera para que um fruto de boa qualidade amadureça e se torne duro. Quando isso acontece, a semente em seu interior germina e brota. Porém, o chuchu-semente só estará pronto para ser colocado na terra quando o broto possuir de 10 a 25 cm de comprimento.
O chuchu-semente é capaz de originar uma única planta, com flores femininas e masculinas, o que indica a polinização cruzada. Assim, para que os novos frutos vinguem é necessária a presença de insetos polinizadores, principalmente abelhas, ou outros agentes, como o vento. Uma planta bem conduzida, nutrida e sadia pode produzir até cem frutos por ano.
Condições ideiais
Segundo a engenheira agrônoma e pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas, Dra. Arlete Marchi Tavares de Melo, o chuchuzeiro precisa de muita luz e arejamento para se desenvolver e, ao contrário do que muita gente pensa, não deve ser plantado em local sombreado e, sim, sob sol pleno. A temperatura ideal situa-se em 18° e 28° C, mas se o calor ultrapassar os 35o C ou estiver abaixo de 15o C, há queda de flores e de frutos novos.
O solo ideal é o fértil e com textura média, solto e leve. O chuchu também convive bem com outras plantas, desde que a área seja ampla (de 9 a 12 m2). Para plantio no canteiro, uma cova preenchida com mistura de terra, composto orgânico, calcário e adubo químico, com cerca de 40 cm³, é suficiente.
A pesquisadora recomenda que, ao acomodar o chuchu-semente no solo, o corpo do fruto seja apenas apoiado e não enterrado, para evitar apodrecimento. Também é fundamental que os brotinhos sejam conduzidos até uma estrutura de tutoramento, sendo presos sempre que necessário.
Rega e poda
O pé de chuchu precisa de água constantemente, mas em pouca quantidade, sendo indicada a rega diretamente no pé da planta ou mesmo com aspersores ou gotejadores. Se cultivo for em vaso, é importante criar uma camada inferior de drenagem com pedriscos e manta geodésica e verificar a umidade constantemente, já que o chuchu precisa de água todo dia, mas não gosta de solo encharcado. A limitação do espaço, todavia, pode deixar o chuchuzeiro menos vistoso.
A poda pode ser utilizada como alternativa de limpeza e fonte de novas mudas para o plantio, mas somente se o chuchuzeiro estiver sadio. Como a planta continua a emitir novas brotações a partir do pé, as mais fracas podem e devem ser retiradas, desde que ainda sobrem de quatro a cinco brotos novos e fortes. Assim, elimine os ramos mais velhos à medida que os mais novos começarem a produzir frutos. Esse manejo faz com que a planta volte a dar frutos em um intervalo de um mês.
Também é bom para o arejamento do exemplar que as folhas secas sejam removidas periodicamente. O transplante da muda não é indicado, mas se moção for necessária, cuide para que o local escolhido tenha mais área disponível que o anterior, tanto na cova, como na estrutura de tutoramento.
Pragas e combate
Embora o chuchu seja uma planta rústica, é suscetível a várias pragas e doenças. No entanto, a aplicação de defensivos químicos não é recomendável. Dessa forma, se a planta estiver muito atacada, faça uso de estratégias naturais de combate, como a calda de fumo, o óleo de nim ou a eliminação da planta afetada para o início de um novo plantio.
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