Natureza na janela: veja dicas de cultivo e espécies para usar em floreiras
Montar uma floreira pode parecer fácil, afinal ela nada mais é do que um vaso retangular. No entanto, como cada planta envasada requer um tipo de cuidado, criar floreiras com mais de uma espécie exige atenção especial em relação à composição, à insolação do local escolhido e ao material do recipiente. Para facilitar tal projeto, o UOL Casa e Decoração reuniu algumas regras básicas que ajudam a garantir o crescimento saudável das plantas e a manutenção reduzida.
Atente-se em primeiro lugar ao material escolhido: plástico, cerâmica, concreto, etc.. A eleição deve levar em conta o local onde a jardineira será acomodada, além de quesitos como a manutenção e a insolação exigida pelos vegetais a serem plantados e, por fim, o volume a ser suportado. As de concreto são muito pesadas para instalação externa, as de plástico são mais leves, mas esquentam mais. Já as de cerâmica são permeáveis e permitem troca de calor, não aquecendo o solo e consequentemente as raízes. Independentemente do tipo de material, se a floreira for suspensa, a instalação deve ser feita levando em consideração o peso do recipiente e os acessórios e ferragens próprios para sustentar tal carga. Também é necessário averiguar a base onde o item será ancorado, portanto, a avaliação de um arquiteto e/ou engenheiro civil é recomendável.
O lugar influencia?
Quanto ao local, as jardineiras de alvenaria tendem a esquentar menos quando o sol incide sobre elas, se estiverem em ambientes internos. As de balcão, penduradas em pontos externos à construção, e as plástico poderão apresentar ressecamento do substrato mais rapidamente, principalmente, se receberem o sol da tarde. Para solucionar esse problema, aumente a frequência das regas.
O posicionamento também determina a escolha das espécies, que deve ser feita em relação à orientação cardeal dos recipientes em espaços externos: evite colocar plantas de meia sombra ou sombra em jardineiras com orientação norte e oeste, pois as folhas serão sensíveis ao sol mais forte. Já em floreiras com orientação sul, as variedades de sol pleno serão afetadas pelas sombras geradas pelas edificações e outros obstáculos e haverá menor quantidade de botões, que podem não abrir. Para leste é importante observar quanto de luz solar incide diretamente até o meio-dia, porque mudas de folhagens sensíveis, como begônias, poderão apresentar queimaduras.
O que plantar?
Sobre os vegetais em si, procure não plantar espécies com folhas e flores delicadas - que se rasgam com facilidade - em locais com ventos fortes ou constantes, como em áreas litorâneas ou em maiores altitudes. Se sua jardineira for rasa escolha espécies com raízes não muito grandes, pois a falta de espaço prejudicaria seu desenvolvimento.
Pesquise antes de reunir em um mesmo recipiente duas ou mais espécies. No caso de hortaliças, por exemplo, a hortelã que deve estar preferencialmente em um vaso exclusivo, sem outros cultivares, porque sua raiz se espalha sem dificuldade e “sufoca” as das demais plantas. Por fim, limpe regularmente as folhas secas e flores murchas para garantir maior beleza a sua floreira.
Fontes: Gisele Fracari, paisagista, e Regina Castilho, paisagista e professora de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-economia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho (Unesp - Campus Ilha Solteira).
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