Uso de hormônio do sono por criança oferece riscos
Indicados para crianças e adolescentes com distúrbios do sono, suplementos à base de melatonina –hormônio produzido pela glândula pineal, localizada no cérebro, que sinaliza para o corpo quando é dia e noite– podem afetar os sistemas cardiovascular, imunológico e metabólico. O alerta foi feito em um estudo publicado no periódico científico australiano "Journal of Paediatrics and Child Health" e assinado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália.
No Brasil, a melatonina sintética não pode ser comercializada, pois não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No entanto, o hormônio pode ser importado, pois não é classificado como substância proibida.
De acordo com o autor do estudo, David Kennaway, chefe do Laboratório de Fisiologia do Ciclo Circadiano do Instituto de Pesquisa Robinson, o uso de suplementos com melatonina pode causar efeitos colaterais quando as crianças forem mais velhas.
Esse tipo de produto é amplamente receitado por especialistas para crianças que têm dificuldade para dormir. Na opinião de Kennaway, não há estudo rigoroso que comprove a segurança da substância.
Segundo Kennaway, que estuda o hormônio há 40 anos, as ressalvas sobre os suplementos com melatonina são ignoradas em todo o mundo, visto que a prescrição aumentou de forma alarmante.
O especialista diz que, considerando que a melatonina aumenta pouco o tempo de sono, além de como o hormônio funciona no corpo, não vale a pena que os médicos prescrevam o medicamento, em função dos riscos.
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