Transplante de barba é opção para homens com poucos pelos no rosto
Pode parecer estranho ou até improvável, mas existem muitos homens por aí que sofrem para conquistar uma barba farta --visual que, aliás, está em alta, por conta da tendência "lumbersexual" (lenhador sexy, em tradução livre do inglês). Os motivos, no entanto, não se restringem apenas a uma modinha e são variados: desde esconder uma cicatriz de acne ou de lábio leporino até aparentar ser mais velho.
Segundo o dermatologista João Carlos Pereira, especialista em transplante, atualmente há três técnicas de fios para rostos sendo realizadas no Brasil: FUT (Follicular Unit Transplantation), FUE (Follicular Unit Extraction) e Robotic FUE. “A escolha depende da área doadora [de pelos], da densidade capilar e do tipo de cicatrização de cada paciente”, explica o especialista. O quanto cada pessoa pode desembolsar também pesa na decisão. No caso da FUT e da Robotic FUE, os pelos são retirados do couro cabeludo; na FUE, além do couro cabeludo, o médico consegue retirar os pelos da parte debaixo do queixo.
Em comum, os três tipos de transplantes exigem que o paciente fique dois dias no hospital e outros cinco em casa, de repouso. Segundo Pereira, o aspecto fica natural nos três casos, já que os fios são implantados um a um, e não em tufos.
A anestesia é local, com sedação, e os primeiros fios começam a aparecer após o terceiro mês. “A fixação acontece pelo próprio processo de cicatrização da pele, onde se forma uma casquinha que cai sozinha, em torno de uma semana. Só depois disso é que o paciente está liberado para fazer a barba, se quiser”, avisa o cirurgião de restauração capilar Thiago Bianco Leal, da Vinci Hair Clinic, em São Paulo.
É esperado ainda que o pelo implantado caia em até 20 dias após a operação e o rosto; mas, fique tranquilo, novos nascerão no local, uma vez que o transplante implanta o bulbo do pelo na região. Também é esperado que o rosto fique vermelho e inchado por cerca de três dias. O resultado, segundo os especialistas entrevistados, dura para sempre.
“Hoje posso escolher até o estilo que vou adotar”
O analista de comércio exterior Vagner Henrique da Rocha (33), de São Paulo, fez o transplante FUE em abril de 2014. A ideia era cobrir as falhas nas maçãs do rosto e incrementar o bigode. “Decidi investir R$ 12 mil na cirurgia, porque todos os homens da minha família, que são descendentes de alemães, tinham uma barba densa, exceto eu”, explica.
Segundo ele, o único desconforto do processo foi no dia seguinte à operação, na região doadora dos fios, próxima à nuca. “As casquinhas no rosto caíram em cinco dias. Depois disso, ninguém mais dizia que eu tinha feito uma cirurgia que durou sete horas”, conta.
Ele lembra ainda que o resultado final, com o nascimento de todos os pelos, só aconteceu após dez meses. “Nunca precisei tomar nenhum cuidado especial com os fios implantados, que são idênticos aos que eu já tinha no rosto --mesma textura e na cor. E eles continuam crescendo, se eu resolver fazer a barba todos os dias”, afirma.
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