Bebê não precisa parar natação no frio; veja respostas a 11 dúvidas
A partir dos seis meses, a prática de natação pode trazer muitos benefícios para a criança. Tire suas dúvidas sobre a atividade com 11 perguntas respondidas por especialistas.
1 - Quando começar?
É preciso consultar um pediatra e ter em mãos um atestado médico. “A medida serve para garantir que o bebê esteja com todas as vacinas tomadas para a sua idade, e que ele não tenha nenhum problema de saúde que o impeça de fazer atividades na água”, diz Evandro Palanca, professor de natação infantil da unidade Morumbi da Academia Gustavo Borges, de São Paulo.
A natação é indicada a partir dos seis meses, mas a liberação para a prática da atividade depende da criança e da análise do pediatra. “É preciso esperar até o sistema imunológico oferecer proteção mínima para levá-la a ambientes coletivos por períodos prolongados, como acontece em uma aula na piscina”, declara Felipe Lora, pediatra do Hospital Infantil Sabará, também na capital paulista.
2 - Por que é legal praticar?
A movimentação na água estimula a coordenação motora de membros superiores e inferiores e a percepção visual, por meio de objetos coloridos colocados na piscina como material de apoio. Há ainda o ganho de desenvolvimento pela interação com os colegas durante os exercícios.
“Em função do gasto energético, a natação também aumenta o apetite, além de fazer o bebê ficar mais relaxado, devido à liberação de endorfinas", fala Débora Passos, pediatra da Maternidade Pro Matre, em São Paulo.
“A prática ainda auxilia no desenvolvimento da fala, que é estimulada em aulas com músicas e brincadeiras, que promovem socialização. O esporte é aliado da formação de resistência cardiorrespiratória e do fortalecimento do tônus muscular e da postura”, afirma Carla Giorchino, professora do programa para bebês da unidade Anália Franco da academia Cia. Athletica, em São Paulo.
3 - Quando usar touca e óculos?
Bebês não precisam usar touca ou óculos, pois eles devem se sentir à vontade e, como as aulas são de curta duração, cabelos, olhos e a própria pele não ficam expostos por muito tempo ao cloro. O uso desses acessórios só é obrigatório a partir dos três anos e depende da adaptação.
Se os pais preferirem, no entanto, é possível, desde cedo, acostumar a criança a usar touca, que só não deve ser apertada demais. Mas é interessante ir para a piscina sem óculos, para aprender a abrir os olhos debaixo d’água.
“Fora da academia, ele também vai precisar estar acostumado ao ambiente aquático, por isso é legal não depender da proteção dos óculos”, explica Rafael Rodrigo dos Santos, professor de natação para bebês da unidade Vila Olímpia da academia Rebook Sports Club, de São Paulo.
4 - As piscinas precisam ter um sistema de tratamento da água diferente?
As academias, normalmente, oferecem água tratada com cloro, substância que pode ser agressiva para a pele, os cabelos e os olhos dos bebês. No entanto, os pais podem ficar tranquilos, já que é tomado um cuidado especial para que as aulas sejam de curta duração –no máximo, 40 minutos–, tempo insuficiente para que isso aconteça.
“Na verdade, o cloro sempre está presente na água, mas há tratamentos complementares com sal ou ozônio, indicados para aulas de bebês, que minimizam os malefícios da substância e impedem que bactérias proliferem na piscina”, diz o professor Rafael Rodrigo dos Santos.
5 - Qual a temperatura ideal da piscina?
6 - Que tipo de traje o bebê precisa usar?
Os pais devem providenciar fraldas específicas para água, pois elas não encharcam. Elas duram o suficiente para o período da aula e é importante usá-las para prevenir “acidentes” dentro da piscina, preservando a limpeza e a qualidade da água. “O bebê usa a fralda e o traje de banho por cima. Por questões de higiene e conforto, se fizer cocô ou xixi, precisa ser trocado imediatamente e só depois retornar para a atividade”, diz Ivo Parizan, coordenador de natação da Academia Competition, em São Paulo.
7 - Os pais precisam participar?
Dos seis meses até um ano, é necessário a presença de um dos pais na piscina. Se não for possível, o ideal é que seja uma pessoa próxima do bebê. “A presença dos pais funciona como um elemento de segurança, além de ser um momento de contato especial, de prazer e aproximação entre a criança e seu cuidador”, fala Parizan, da Competition.
8 - Como são as aulas?
As aulas podem ser divididas em temas: força, equilíbrio, mergulho, segurança ou para trabalhar cognição. “Os bebês são motivados com cores, números e animais de brinquedo. A música é a base das aulas. Como eles ainda não sabem falar, as canções ajudam a assimilar os exercícios e as atividades”, afirma o professor Rafael Rodrigo dos Santos.
9 - É preciso dar banho logo depois da aula?
O banho é importante para retirar o cloro e assim preservar a hidratação da pele do bebê. “É interessante que aconteça ao término da aula, para que a criança descanse e fique mais confortável. Os pais devem usar produtos de higiene específicos para a idade e, especialmente nas crianças acima de dois anos, sempre fazer uso do chinelo”, diz Felipe Lora, pediatra do Hospital Infantil Sabará. O calçado protege contra infecções por fungos, seres que gostam do calor e da umidade das piscinas aquecidas.
As academias que oferecem aulas específicas para bebês, normalmente, possuem estrutura para a saída da piscina, além de vestiário equipado com banheiras, trocadores e chuveiros elevados, para que o responsável não precise se abaixar e ficar em posição desconfortável.
10 - O que comer antes da aula?
Segundo o pediatra Felipe Lora, é indicado alimentar as crianças com uma hora de antecedência. Os bebês podem ser amamentados, e as crianças maiores devem ingerir frutas sólidas, que garantem energia, além de algo líquido, como água e suco, para evitar desidratação mais rápida durante a aula.
11 - É melhor suspender a natação no inverno?
Não necessariamente. Depende de cada criança. O afastamento deve ser consenso entre família e pediatra. Mas, como a temperatura fora da piscina está mais baixa, é preciso ter em mãos roupão atoalhado com capuz, para deslocar o bebê da piscina até o vestiário. “Durante a temporada mais fria do ano, os bebês e as crianças ficam mais suscetíveis às doenças respiratórias, mas a natação é aliada, pois melhora a musculatura respiratória, diminuindo a incidência de doenças”, diz Ivo Parizan, da Competition.
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