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Filha de casal gay, modelo dinamarquesa fala sobre criação e preconceito

A modelo dinamarquesa Josephine Skriver - Getty Images
A modelo dinamarquesa Josephine Skriver Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

22/05/2015 11h48

 

A top model dinamarquesa Josephine Skriver, 22, filha de um casal gay, contou em entrevista à revista britânica “i-D Magazine” sobre sua criação e o preconceito que enfrentou na fase escolar, além do bullying do qual, ainda hoje, é vítima pelas redes sociais.

A modelo --que já desfilou para marcas como Chanel e Victoria's Secret-- é fruto de uma inseminação artificial e afirmou que cresceu tendo muito orgulho da família. A despeito disso, no ensino médio, teve de lidar com os colegas de classe falando que a relação dos pais dela era “estranha”.

A mãe de Josephine é lésbica e, quando decidiu ter uma criança, colocou um anúncio em um fórum LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais) para saber se alguém gostaria de ser o pai. A top contou que um homem homossexual foi o primeiro a responder que sim. Na época da escola, os pais de garota tinham outros parceiros, a quem ela se referiu, na entrevista para a "i-D Magazine", como "mãe bônus" e "pai bônus".

Ainda que a fase escolar tenha sido difícil, a top disse que o bullying que sofre atualmente via Twitter é maior. “Nas redes sociais, é muito difícil lidar com o ódio das pessoas. Elas acham que podem dizer o que querem, sem pensar nas consequências. Você recebe tantos comentários ofensivos, como ‘isso é nojento’ e ‘tenho pena de você’, que não dá nem para acreditar”, afirmou a modelo para a revista.

“Só espero que um dia o conceito de família abranja mais do que um casal tradicional (homem e mulher) com dois filhos e uma casa. Para mim, família é um grupo de pessoas ligadas amorosamente. O amor é a base”, falou para a publicação.

Josephine afirmou que crescer no meio da comunidade LGBT a ensinou a olhar o mundo de forma mais ampla. “Não somos iguais. Todos nascemos com diferentes culturas e personalidades e temos direito de ser como somos. Crescer nesse ambiente, com certeza, deixou-me com o coração aberto e me ensinou que o amor não julga e não descrimina”, falou para a "i-D Magazine".