WhatsApp é aposta de marcas de moda para interagir e conquistar clientes
Vício entre os usuários de smartphones, o WhatsApp surgiu para facilitar a comunicação entre as pessoas, mas, recentemente, o aplicativo também está sendo usado para melhorar o canal entre marcas de moda e seus consumidores.
De olho no uso intensivo da ferramenta, as empresas apostam no aplicativo como forma de aumentar as vendas. Por um número que a marca disponibiliza, os clientes podem entrar em contato pedindo informações como tamanho, cor e modelos ou dicas de estilo.
A vantagem é a rapidez do serviço online sem custo adicional de uma plataforma de vendas, de acordo com Valéria Brandini, professora de Mídias Sociais Digitais do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Facilidade na comunicação
Vanessa Queluz, gerente de marketing da MOB, diz que um dos motivos da adesão ao aplicativo é ele servir como um "canal direto" que facilita a vida da cliente. "Por lá ela pode até comprar a peça em que estiver interessada. Passamos o contato do nosso financeiro e ela decide como vai efetuar o pagamento", explica. A entrega pode ser feita pelo correio ou o produto pode ser retirado em uma das lojas da marca.
A eficiência deste tipo de comunicação reflete nos números no fim do mês. "Hoje, 80% das minhas vendas são feitas pelo aplicativo", conta Gabriela Cavalcanti, criadora da marca de acessório g. cavalcanti, adepta do WhatsApp empresarial.
A fast-fashion britânica Topshop, por sua vez, decidiu estender o serviço de personal shopper, oferecido nas lojas físicas, para a ferramenta. O resultado: entre 8% e 9% das vendas feitas na loja são de pessoas que foram levadas até lá pelo WhatsApp, de acordo com a gerente de marketing da marca, Renata Salcedo.
Sensação de intimidade
A rapidez, porém, não é a única vantagem. O aplicativo serve, ainda, como uma forma de fidelizar clientes e aproximá-los da marca, criando uma sensação de intimidade. "É uma oportunidade de conversar com a consumidora, apresentar melhor o meu produto e mandar as fotos dos acessórios. Ela volta para comprar porque sabe que eu a atendi bem e fui atenciosa", explica Gabriela.
"A pessoa vê que tem alguém que dá atenção no aplicativo. É muito louco você ter este tipo de proximidade com uma marca grande fast-fashion", enfatiza Renata. "É exclusividade combinada com praticidade. A pessoa manda a foto de alguma peça que ela tem e quer saber como usá-la. A gente procura responder no mesmo instante", completa Vanessa.
Grupos podem prejudicar
Em contrapartida, criar grupos no WhatsApp com vários consumidores pode ser um tiro no pé. "É interessante que as empresas lancem mensagens que beneficiem os clientes. Se for só para divulgar informação acaba se tornando irritante", aconselha Valéria Brandini. "Fazer grupo é extrapolar o nível de intimidade", finaliza Gabriela.
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