Absorvidas pela mãe, células do bebê protegem mulher de doenças futuras
Segundo estudo da Universidade de Washington, em Seattle, nos Estados Unidos, células do feto que permanecem no corpo da mãe após o parto podem ajudar a prevenir algumas doenças na mulher, entre as quais, câncer de mama e artrite reumatoide. As informações são do site da NPR, rede de rádio pública dos Estados Unidos.
Uma das hipóteses, no caso do câncer, é que o material aja como sentinela, detectando células cancerígenas e destruindo-as. Em relação às doenças autoimunes, os genes do bebê vão determinar se as células serão “amigas” ou “inimigas” da saúde materna. Em alguns casos, elas podem funcionar como gatilhos para o desenvolvimento das enfermidades e, em outros, evitá-las.
A descoberta de que as células do bebê podem se esconder no corpo da mãe após o parto foi feita no século 19 pelo cientista alemão Georg Schmorl. Somente agora os pesquisadores começam a compreender o que elas fazem no organismo materno.
“Existe uma grande quantidade de material fetal na circulação sanguínea da mãe”, disse a pesquisadora J. Lee Nelson à reportagem da rádio. A cientista vem estudando o assunto há mais de 20 anos e concluiu que o material contém DNA do feto, pequenos pedaços da placenta e células fetais. Essas podem se transformar em células de fígado, coração ou mesmo neurônios.
Os primeiros estudos das células fetais existentes nas mães chegaram a resultados nada animadores, ligando-as à pré-eclâmpsia, doença caracterizada pela elevação da pressão arterial das grávidas. Mas, com o passar do tempo, percebeu-se que elas também poderiam trazer benefícios.
Segundo, Amy Boddy, pós-doutoranda na Universidade Estadual de Arizona, não é apenas a gestante que ganha uma “dose extra” de células. Trata-se de um processo bidirecional, ou seja, as células da mãe também entram no corpo do bebê. Isso significa que temos células de nossas mães, e, provavelmente, de nossos irmãos mais velhos, avós e bisavós também.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.