Truques caseiros de limpeza são postos à prova; saiba no que vale investir
Os produtos de limpeza estão cada vez mais caros e levam, muitas vezes, em sua composição elementos químicos agressivos ao meio ambiente. Por isso, muita gente recorre às soluções caseiras. As misturas que existem desde os tempos da vovó podem funcionar e bem. Para ajudá-lo a saber no que investir, testamos receitas com sal, bicarbonato, talco e vinagre.
Sal para preservar as roupas
O sal é um bom aliado quando se fala em limpeza: ele pode, por exemplo, ser usado para retirar sujeiras difíceis ou realçar as cores de roupas. Para remover manchas de vinho basta salpicar uma boa quantidade do produto sobre o local ainda úmido, esperar agir por alguns minutos e lavar normalmente. A reportagem testou com mancha de beterraba também e funcionou! Se a ideia for criar um realçador para peças coloridas, coloque duas colheres de sal em um litro de água e aplique, depois lave.
- Tirando a prova
De acordo com a química, a adição de sal na água ajuda a diminuir a pressão de difusão do líquido (fazendo com que ele "penetre menos na roupa") e, em consequência, ajuda a preservar ou realçar o matiz original dos tecidos durante a lavagem. E por que esse pozinho milagroso ajuda a limpar a mancha de vinho? O sal de cozinha é composto por íons sódio (Na+) e cloreto (Cl-), que interagem com o pigmento (do vinho e da beterraba, por exemplo) e facilitam a remoção da sujeira.
Bicarbonato na limpeza
O bicarbonato de sódio pode ser um grande aliado na faxina de ambientes inteiros e, até, de cantinhos difíceis de limpar. O produto vai bem ao ser usado para higienizar paredes pintadas com tinta lavável ou rejuntes de superfícies azulejadas. No primeiro caso, coloque uma colher de café de bicarbonato em uma esponja úmida e aplique sobre o local. Para desencardir o rejuntamento, misture o pó com um pouco de vinagre branco e esfregue sobre a área com a ajuda de uma escova (pode ser de dentes).
- É mágica?
Do ponto de vista químico, para limpar rejuntes, a água sanitária seria mais indicada. No entanto, ao empregar um hidrogenossal com propriedades básicas, como o bicarbonato, haverá uma reação que auxilia na limpeza. O vinagre (ácido acético), por sua vez, tem a capacidade de quebrar moléculas de gordura e, por esse motivo, funciona também como substituto do limpa-vidros.
Talco contra gordura
Quem tem criança em casa ou é bastante distraído já se deparou com manchas bem feias no sofá, daquelas causadas por alimentos gordurosos. Nesse caso, a dica é aplicar talco até cobrir toda a sujeira e deixá-lo agir por cerca de 20 minutos. Depois de remover o produto com ajuda de uma escovinha, o ideal é repetir a operação caso ainda tenha sobrado gordura no local.
- Funciona mesmo
Não é incomum que as pessoas pensem que aplicar detergente sobre a gordura, imediatamente depois do acidente, evita que a mancha seja incorporada pela fibra. No entanto, tal raciocínio está equivocado. Segundo a química, este produto ajuda a espalhar a gordura. O talco (silicato de magnésio hidratado), por outro lado, tem alto poder de absorção, tanto de umidade, quanto de oleosidade e resolve a questão.
Vinagre para manutenção das máquinas
Nem todo mundo tem esse costume, mas é importante manter a lavadora e a lava-louças limpas internamente para garantir que tenham bom funcionamento. A recomendação está, inclusive, no manual dos equipamentos. Se o objetivo for higienizar a lava-louças, coloque uma xícara de vinagre branco no dispenser e inicie o ciclo de pré-lavagem. Esta limpeza deve ser feita uma vez a cada 15 dias. Para a máquina de lavar roupas, a recomendação é colocar um litro de vinagre branco no compartimento do sabão e programar um ciclo completo.
- Eficiente na limpeza
O vinagre é uma solução diluída de ácido acético que, por sua vez, apresenta propriedades desengordurantes e desinfetantes. Dica: por ser livre de aromas e corantes que possam, eventualmente, causar algum dano aos itens a serem lavados ou mau cheiro, o vinagre branco de álcool é o mais indicado.
Fontes: Bárbara Volnei, personal organizer e Gerhard Ett, professor de engenharia química do Centro Universitário FEI.
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