Natália Guimarães e Renata Fan apostam em brasileira no Miss Universo
Em confinamento nas Filipinas, Raíssa Santana já figura como uma das favoritas ao título de Miss Universo no concurso que será realizado neste domingo (29). Há dez anos, quando Natália Guimarães perdeu a coroa para a japonesa Riyo Mori, o Brasil não marcava presença na competição com uma candidata tão forte. “Ela é uma brasileira que não só está bem representando o país, mas que está mostrando outro estilo”, comenta a apresentadora e Miss Brasil 1999, Renata Fan. “Além de ser linda e ter um corpo perfeito, muitos missólogos destacam a postura e maneira irreverente dela.”
Fan, que comandará a transmissão do evento na TV pela Band, tem bastante experiência com concursos de beleza, mas apontou na campanha de Raíssa um diferencial bem contemporâneo. “Estou impressionada com a mobilização que ela conseguiu na internet”, diz. A eleição de uma das 12 primeiras candidatas é feita por voto popular por meio do site oficial do Miss Universo --daí a importância cada vez maior do melhor uso das plataformas digitais na competição.
“O único problema desse método é que a população nas Filipinas e Tailândia é tão mobilizada pelo evento que as candidatas dos países, mesmo às vezes não sendo fortes, acabam ficando entre as 12 primeiras. Vira quase concorrência desleal [risos]”, diz Natália Guimarães, que comentará a premiação na transmissão do canal fechado TNT. “Mas isso não será problema para nós, porque eu acredito que a Raissa já começa a competição entre as três primeiras.” Renata concorda com a colega.
Quanto às adversárias, ambas apontam a tailandesa Chalita Suansane como forte candidata para a final e, embora nomes da Ucrânia, México e Colombia também figurem na lista, quem pode aparecer inesperadamente é a Miss Venezuela, Mariam Habach. “É um país que não vai ter tanto destaque quanto em outros anos, mas elas surpreendem sempre no final”, comenta Renata. Natália complementa: “Ela não é a mais bonita de todas, mas tem chamando atenção nessa corrida final com sua personalidade, as escolhas de figurino, interação nas redes sociais.”
Pelo poder das mulheres
Os concursos de beleza sempre foram vistos com olhos de desaprovação pelo movimento feminista por objetificar as mulheres e valorizar demais os padrões estéticos nos quais não se encaixam a maioria delas. Mas Natália, que acompanha anualmente todas as etapas do grande evento, aponta que, aos poucos, as coisas estão mudando.
“O fortalecimento dessa nova forma de enxergar foi visto inclusive na escolha da Miss Estados Unidos [a oficial do exército norte-americano Deshauna Barber] em junho do ano passado. Sua história de vida e sua personalidade eram incríveis”, comenta Natália. “A influência do feminismo é muito importante. Devemos valorizar a miss que tem sonhos maiores, que estudou e continua estudando, e que pode servir para representar muita gente ali.”
Além de tenente, Deshauna, assim como Raissa, é negra, o que destaca a importância da figura dela em posto importante no contexto de um país ainda tão dividido quando o assunto é igualdade racial. “No nosso caso, além de uma personalidade incrível, Raissa já é uma vencedora e mostra a miscigenação maravilhosa do nosso país. É mais uma chance de mostrarmos a beleza do nosso povo.”, comenta Natália. “O único conselho que dei para ela nas nossas trocas de mensagens é para que fique calma e seja ela mesma. A estrela é muito forte.”
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