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Isabeli Fontana curte sexo tântrico; quer saber o que é? A gente explica

A top model Isabeli Fontana e o músico Di Ferrero se casaram em agosto de 2016 - Eduardo Rezende/Folhapress
A top model Isabeli Fontana e o músico Di Ferrero se casaram em agosto de 2016 Imagem: Eduardo Rezende/Folhapress

Adriana Nogueira

Do UOL

16/03/2017 16h34

Adepta do sexo tântrico, Isabeli Fontana voltou a falar sobre o assunto durante sua participação na São Paulo Fashion Week, nesta quarta-feira (15). Para entender do que se trata a prática, o UOL entrevistou a terapeuta Prem Suryachandva, coordenadora da unidade Jardins da clínica Metamorfose, em São Paulo. No espaço, trabalha-se com o conceito de tantra em cursos e massagens.

Suryachandva –que cursa pós-graduação em terapia sexual na saúde e na educação no Centro de Formação e Estudos Terapêuticos da Família— diz que o tantra é uma ciência comportamental, cuja origem não é consenso. “Há quem diga que surgiu há 5.000, 6.000 anos, mas, pesquisando para um trabalho da pós, encontrei uma cidade na Turquia, em que havia fortes indícios da prática do tantra, há 9.000 anos.”

Segundo a especialista, o sexo tântrico pode ser aprendido por meio de cursos. “Ele é diferente do sexo normal, porque não persegue pura e simplesmente o orgasmo. Com ele, procura-se uma expansão da consciência corporal por meio da relação sexual.”

Suryachandva diz que o primeiro passo da prática é fazer com que o casal olhe para o corpo do outro como um templo sagrado e não apenas como objeto de prazer.

 

“A sociedade foi ensinada a fazer um sexo mecânico, calcado na valorização da imagem. Com o tantra, percebe-se que o prazer não depende de transar com uma pessoa sarada, gostosa ou bem-sucedida”, diz a terapeuta.

Engana-se quem pensa que os cursos de tantra estão focados em como tocar a região genital. De acordo com Suryachandva, o que se persegue nos treinamentos –que não envolvem a prática de sexo em si-- é estimular a consciência corporal. “Ensina-se a olhar, a tocar e a sentir. A massagem é uma ferramenta do tantra, mas não é a única. Há a respiração e o movimento corporal.”

A terapeuta diz ainda que muitas fantasias são associadas ao sexo tântrico e não condizem com a realidade. “Não tem a ver com pornografia nem com suruba, como ainda se pensa.”

No entanto, uma ideia disseminada sobre a modalidade tem razão de ser: o sexo tântrico é demorado. “Há relatos de casais que chegam a transar por três horas e até por um dia inteiro.”

A maior duração do orgasmo do que nas relações não tântricas é outra informação verdadeira que se costuma associar à prática. “Há casais que permanecem em orgasmo por 30, 40 minutos. Mas é preciso se desenvolver para alcançar isso, caso contrário, o corpo não aguenta.”