Topo

Encare seu perfeccionismo de um jeito mais leve com 8 dicas

getty images
Imagem: getty images

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

19/08/2017 04h00

O perfeccionismo é uma vantagem quando melhora a qualidade daquilo que você faz, mas sem interferir negativamente no seu dia a dia ou causar sofrimento. Muita gente, porém, não consegue sentir satisfação com os próprios feitos. O nível de exigência é tão alto que a pessoa sempre acredita que poderia ter se esforçado mais. Você se identifica com essas características? inspire-se em oito sugestões para não virar refém do perfeccionismo:

1. Dê valor ao que você faz, de verdade! O maior drama na vida de um perfeccionista é que ele se esforça ao máximo, mas nunca fica contentes com os resultados. Combata esse pensamento. Se você entregou um projeto depois de muito suor, sangue e lágrimas, mentalize e internalize que fez o melhor que podia. Aprenda a se contentar com o próprio percurso.

2. Entenda que "feito é melhor do que perfeito". Não são poucas as pessoas reféns da síndrome da perfeição que deixam de cumprir prazos porque nunca se dão por satisfeitas com o próprio trabalho. Imponha-se um limite e entregue o solicitado logo de uma vez. Livre suas tarefas de revisões e procrastinações.

3. Curta pequenos prazeres. Você é do tipo que só se permite relaxar quando termina um trabalho? Até lá, vai se manter firme e forte na tarefa de suportar o calvário de uma vida sem graça? Pare já com isso. Entre uma terefa e outra,faça um lanche gostoso ou (por que não?) beba uma taça de vinho. Será que parar e ir ao cinemafará com que você perca um prazo? Se a resposta é não, vá! Pequenos prazeres dão sabor à rotina, ajudam a relaxar a mente e deixam seu organismo mais afiado para o que precisa fazer.

4. Dê às coisas o peso que elas, de fato, têm. Pergunte-se: isso que estou me cobrando depende 100% de mim? O que já fiz para conseguir? O que falta? O que ganho pensando assim? O que perco pensando assim? Qual é a importância disso hoje na minha vida? E daqui a cinco anos? O tipo de resposta que você tem para essas questões vai ajudar a colocar suas preocupações e dúvidas numa perspectiva real, gerando autoconsciência e amenizando a cobrança em excesso.

5. Deixe que as pessoas façam o que você não faz. Tem gente que não faz suas tarefas. E daí? Não as assuma. Se é um funcionário seu, cobre. Se é algo sem muita importância, como a escrivaninha bagunçada do filho, relaxe um pouco. Ninguém deveria sofrer por coisas que, no fundo, não fazem a menor diferença na evolução da vida. 

6. Aprenda a relaxar. A meditação é uma forma comprovada para equilibrar a ansiedade, assim como a prática de atividades físicas, que ainda libera hormônios relacionados ao prazer e ao bem-estar. Você já experimentou alguma dessas coisas? 

7. Celebre as diferenças. Não existe um modo certo ou errado de executar determinadas coisas, apenas a maneira com que cada um as faz. Tire da mente, de uma vez por todas, o pensamento de que "os outros fazem as coisas de qualquer jeito", porque não é o SEU jeito.

8. Tenha um olhar positivo sobre os resultados, em vez de voltar o olhar para aquilo que (segundo você) não está bom. Concentre-se na metade cheia do copo e vivencie a alegria e o prazer pelos próprios esforços e conquistas.

Fontes: Ana Cássia Maturano, psicóloga clínica e psicopedagoga, de São Paulo (SP); Heloisa Schauff, psicóloga clínica, de São Paulo (SP); João Alexandre Borba, psicólogo, palestrante e master coach, do Rio de Janeiro (RJ), e Tália Jaoui, master coach na empresa Prime Talent Brasil, com unidades em São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), e autora do livro “A Revolução do Coaching” (Reino Editorial)