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Fluvia Lacerda, top plus size, estreia na SPFW em desfile de moda praia

Fluvia Lacerda desfila para Ronaldo Fraga - Rafael Borges/UOL
Fluvia Lacerda desfila para Ronaldo Fraga Imagem: Rafael Borges/UOL

Bárbara Tavares

Do UOL

30/08/2017 17h37

Referência absoluta quando o assunto é moda plus size no Brasil, a top Fluvia Lacerdadesfilou pela primeira vez na São Paulo Fashion Week. Ela deu pivô na passarela de Ronaldo Fraga nesta quarta-feira, 30. Em sua primeira coleção de moda praia, o estilista mineiro se inspirou nos anos 20 e levou aos jardins da OCA, maiôs e biquínis para todos os corpos e idades. Prova disso foi a presença de modelos na casa dos 70 anos, homens e mulheres, gordos e magros.

Outras marcas que trouxeram a diversidade para a passarela, como LAB, de Emicida, e Gloria Coelho também foram aplaudidas de pé durante o evento. Para Fluvia, o que falta para que todas elas desfilem coleções mais inclusivas é apenas vontade. “O que falta é o desejo de cada criador, a mentalidade de negócios de trazer um novo consumidor para perto da marca”, diz.

Figura tarimbada no mercado internacional, Fluvia acredita que o Brasil está no caminho certo, mas que ainda falta muito. “O mercado plus size lá fora já está estabelecido há muito tempo. Ainda estamos engatinhando, mas acredito que estamos na direção certa.”

Acredite na sua beleza

Recentemente, a top plus size Ashley Graham foi capa da famosa edição de biquínis da “Sports Illustrated”, revista para a qual já posou outras vezes. A própria Fluvia é pioneira no meio. Mas, apesar dos avanços, elas representam ainda uma pequena parcela do que é produzido ou publicado em veículos do meio. 

“Eu sempre falo para as pessoas: ‘você tem que aprender a admirar o que você tem’. A principal viga da construção (da autoestima) que vem acontecendo há pouco mais de uma década é justamente fazer com que as mulheres entendam que elas têm um DNA particular, uma beleza única", diz.

"Nosso papel é mostrar a elas que vale a pena se olhar no espelho e trabalhar na desconstrução de todo o massacre mental que nós sofremos desde molecas, desde outras gerações. Não acredito que você deve almejar ser outra pessoa, mas, sim, abrir a cabeça para acreditar na sua beleza. Eu sempre quis ser cantora, por exemplo, mas nunca vou ser a Ivete Sangalo”, finaliza.