Time feminino de handebol reclama de uso obrigatório de sunquíni em torneio
O time feminino de handebol de praia CopaBeach/CEPRAEA, do Rio de Janeiro, está se manifestando contra o que considera um exemplo de machismo no esporte: a proibição do uso de shorts por baixo do sunquíni — uma espécie de biquíni reforçado — durante uma disputa na areia no último domingo, dia 27, pelo campeonato estadual.
De acordo com a atleta Gabriela Peixinho, que organizou um protesto através das redes sociais, as jogadoras foram ameaçadas pela arbitragem de serem punidas com W.O., ou seja, terem a vitória automaticamente dada para o time adversário, caso entrassem em quadra com a peça extra.
O sunquíni é o uniforme previsto para os times femininos no regulamento internacional da modalidade. "Nosso amor pelo esporte não pode ser esmagado por regras machistas e desiguais. Nós repudiamos a obrigatoriedade do uso do sunquíni. Cada equipe deve ter o direito de escolher", defende Gabriela em nome da equipe. O comentário da atleta é uma referência à diferença entre o uniforme feminino e o masculino, que inclui bermuda longa, na altura do joelho, e camiseta regata.
Esta não é a primeira vez que as atletas se veem coagidas a mostrar seus corpos. Em 2014, a Federação Espanhola de Handebol ameaçou aplicar punições sobre atletas que cobrissem demais o corpo durante um torneio, de acordo com o jornal inglês "The Telegraph".
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