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Ansiedade de aluno brasileiro alcança nível máximo em estudo internacional

O nível de ansiedade dos alunos brasileiros atingiu o máximo na escala internacional da OCDE - Getty Images
O nível de ansiedade dos alunos brasileiros atingiu o máximo na escala internacional da OCDE
Imagem: Getty Images

do UOL, em São Paulo

07/09/2017 12h42

As crianças brasileiras estão entre as mais estressadas dentro da escola no mundo inteiro, de acordo com o Pisa — Programa Internacional de Avaliação de Estudantes promovido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). 

56% dos alunos entrevistados relataram tensões relacionadas à escola. Mesmo estudando para as provas, as crianças e adolescentes brasileiros ocupam o segundo lugar no ranking de ansiedade antes de avaliações. 

Entre os países com menor percentagem de alunos ansiosos estão: Holanda (39%), República Tcheca (40,5%) e Alemanha (41,5%). No outro extremo da lista, nas colocações mais altas, encontram-se Republica Dominicana (com 80%), Brasil (81%) e Costa Rica, em primeiro lugar, também com 81%. 

O estudo apontou igualdade de desempenho entre meninos e meninas no Brasil. Mas, infelizmente, ambos os gêneros ainda estão muito longe das médias mundiais de performance.

Os alunos brasileiros alcançaram 401 pontos em matérias de ciências do levantamento, número inferior à média dos alunos em países da OCDE, que é de 493 pontos. Também ficamos devendo em leitura com 407 pontos contra média de 493, novamente, e em matemática, com 377 pontos em relação a uma média mundial de 490 pontos.

De acordo com a pesquisa, as dificuldades das crianças no Brasil estão relacionadas com a educação que os pais também tiveram. Os dados apontam que uma parcela pequena de pais de alunos alcançou o nível superior. Menos de 15% dos adultos entre 35 a 44 anos de idade possuem diploma universitário, uma taxa bem menor que a média de 37% entre os países da OCDE.

Nosso país é o segundo com a menor proporção de adultos com nível superior, ficando atrás apenas da Indonésia onde menos de 9% dos adultos têm essa escolaridade. 

36% dos nossos adolescentes de 15 anos afirmaram já ter repetido uma série ao menos uma vez. Em toda a América Latina, só a Colômbia possui uma taxa de repetência escolar mais alta que a do Brasil, de 43%

O estudo relativo ao ano de 2015 ouviu mais de 500 mil estudantes de 72 países.