Cabelo afro: Alguns dos principais salões do mundo não cortam esses fios
A influencer britânica Freddie Harrel é conhecida nas redes por seu afro poderoso, que ela cultiva com produtos, técnicas e profissionais especializados no seu tipo de fio. Mas um experimento que conduziu na última semana revelou uma dificuldade grande para encontrar quem cortasse o seu cabelo não apenas em salões convencionais, mas, especificamente, em alguns considerados os melhores do mundo.
Em um vídeo produzido para a campanha "Stylist Hair Equality Initiative" da revista "Stylist", da qual Freddie faz parte, ela mostra sua peregrinação pelas ruas de Londres ouvindo todo o tipo de desculpa para a recusa em atendê-la.
O objetivo do projeto é conseguir que os salões sejam claros a respeito dos serviços que oferecem (ou seja, se atendem afros ou não), que tenham diversidade étnica em sua comunicação e preços igualitários entre os serviços para todo tipo de fio.
“Eu nunca havia entrado em um salão não-afro antes, mas os comentários e as rejeições doeram bastante. Eu posso ser ingênua, mas estou chocada que no centro de Londres, em 2017, eu ouça comentários como 'se o seu cabelo fosse mais macio...' (justo quando você achava que não perdia em nada para a textura do algodão. Ou 'é tão mais difícil [de arrumar] que custa mais' (difícil para quem?) ou ainda 'teremos que cobrá-la £10 a mais' (quando o tratamento já custa £10!)", contou Freddie em seu Instagram sobre a busca por atendimento.
"Mas, com sorte, eu também encontrei salões que treinam suas equipes para trabalhar com todo o tipo de cabelo. As experiências que temos em nossas grandes avenidas, de compras a acesso a oportunidades, deveriam refletir a diversidade que há na nossa comunidade. E diversidade não é apenas colocar rostos mestiços em propagandas, é também ter aquela conversa desconfortável...", concluiu.
Freddie conhece bem a indústria da beleza sobre a qual escreve. Ela é proprietária e fundadora da "Big Hair Don't Care", uma marca de extensões capilares.
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