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10 passos para praticar a empatia que farão bem para você e para o outro

Getty Images
Imagem: Getty Images

Heloisa Noronha

Colaboração para o UOL

21/09/2017 04h00

Você sabe o que é empatia? É se colocar no lugar de outra pessoa para compreender suas atitudes e sentimentos. Para exercitar a empatia de uma maneira construtiva, você pode adotar algumas medidas simples. Confira passo a passo: 

Passo 1: o que é verdade para você não necessariamente é para o outro

Afinal, o que é "a verdade"? Tudo é uma questão de olhar. Cada um vive a realidade que cria para si, de acordo com seus valores.

Passo 2: tenha em mente a realidade e os valores da pessoa

Um erro comum ao tentar entender alguém é se deixar guiar pelos próprios costumes, em vez de se colocar verdadeiramente no lugar da pessoa e olhar a situação pela ótica dela. Empatia é diferente de simpatia. Simpatia tem a ver com solicitude, boa vontade; já a empatia está ligada ao sentir. Quanto mais você consegue se aproximar dos sentimentos de uma pessoa no mundo dela, maiores são as chances de você ser empático com ela.

Passo 3: cuide de você antes de cuidar de alguém

Há pessoas que se doam para o outro de uma forma tão intensa, que acabam se esquecendo delas próprias. Esse comportamento também é nocivo. Se pensamos apenas sob a ótica dos outros, quando seremos protagonistas da nossa vida? O ideal é ser sensível ao que o outro coloca, mas não se deixar dominar pela emoção que ele está vivendo. O autoconhecimento é essencial para evitar esse excesso, pois cria habilidades para distinguir o que é seu e o que é do outro. O resultado é uma relação equilibrada, sem sofrimento para nenhum dos envolvidos.

Passo 4: lembre-se de que cada pessoa é única

Portanto, é bom exercer a empatia, digamos, de modo "exclusivo". Não existe receita de bolo, pois cada pessoa tem um tipo de personalidade. Mais uma vez, é importante que primeiro você se conheça bem para conseguir ser empático com diversos tipos de pessoas e suas respectivas realidades. Empatia é justamente essa capacidade de se flexibilizar perante o outro.

Passo 5: pratique a escuta ativa

Preste atenção no que o outro está falando sem ficar respondendo mentalmente ou preocupado com o que vai dizer. Quando você ouve atentamente, as palavras certas surgem. Saber ouvir é uma habilidade que, bem desenvolvida, evita julgamentos precipitados e produz abertura para conhecer a realidade do outro e como ele se comunica. Dá, inclusive, para sentir até o que não é dito, mas que pode ser percebido através do tom de voz ou no olhar.

Passo 6: aceite que nem sempre terá o que falar

Diante de um amigo que se separou ou acabou de perder um ente querido, o que dizer? É bem provável que a pessoa não queira ouvir nada. E, nesse momento, um abraço pode acolher mais que mil palavras.

Passo 7: não julgue ninguém pelas ações

Agimos para satisfazer nossas necessidades. Ou seja, qualquer atitude tem uma intenção positiva para quem a pratica. Exercer a empatia é procurar enxergar essa intenção positiva por trás do comportamento do outro, ao invés de julgá-lo de cara. Suspender o julgamento não significa dar razão à outra pessoa ou admitir que você está errado sem de fato estar. É simplesmente não deixar que seus valores internos impeçam de compreender as ações alheias.

Passo 8: atenção à linguagem corporal

Deixar alguém à vontade é importante para criar empatia. É bom descruzar braços e pernas - cruzados, transmitem a ideia de resistência - e virar o corpo em direção à pessoa, mostrando abertura. Também é importante balançar a cabeça para deixar claro que você entende o que o outro está falando. Além disso, utilize expressões empáticas, como "entendo como você está se sentindo" e "imagino o que passou".

Passo 9: concorde com parte da afirmação da pessoa

Nem sempre é possível concordar com a opinião de alguém, ainda mais quando nossos valores e crenças entram em cena. Mas podemos encontrar, dentro da afirmação dela, algo com que concordemos, e, dessa forma, estabelecer uma relação de confiança sem gerar atrito. 

Passo 10: pratique a empatia até com quem te irrita

Esse também é um caminho para a tolerância social. Esforce-se para enxergar todo mundo - todo mundo MESMO - como pessoas que precisam de amor, atenção e consideração, independente de qualquer coisa.

FONTES: Cássia Santos Vasquez Langer, personal e professional coach e especialista em PNL (programação neurolinguística), de Jumirim (SP); Carolina Veras, psicóloga do Espaço Vitale, no Rio de Janeiro (RJ); Flávia Motta, coach do Instituto Viver o Bem-Estar, em Vila Velha (ES), e Marcela Rangel,  especialista em inteligência emocional e psicologia positiva, do Rio de Janeiro (RJ)