Morar junto é o maior inimigo do sexo? 5 mulheres respondem
Morar junto pode afetar a frequência do sexo em uma relação. Casais que transavam muito durante o namoro passam a fazer sexo uma ou duas vezes por semana... Ou menos. Por que? As justificativas vão desde a rotina e amadurecimento da relação até a perda da libido, por ter apenas um parceiro.
De acordo com um estudo feito por uma universidade britânica, duas vezes mais mulheres do que homens perdem o interesse por sexo no casamento. A psicanalista Regina Navarro Lins já escreveu diversas vezes sobre essa questão, que considera o maior problema enfrentado pelos casais. Para a especialista, é preciso rever esse modelo de relacionamento se quisermos viver com mais prazer.
A seguir, veja como viver sob o mesmo teto mudou a vida sexual de cinco casais.
Nossa frequência sexual caiu pela metade
"Durante o namoro éramos mais ousados. Chegamos a viajar um fim de semana sem nem sequer sair do quarto. Existe uma ilusão de que você vai transar mais quando mora junto, entretanto, a rotina afeta tudo. Às vezes, é deitar na cama e resolver os problemas do dia a dia. Nossa frequência sexual caiu pela metade, mas continua tudo maravilhoso. Hoje conseguimos transar cerca de cinco vezes por semana. Acho que faz parte do amadurecimento da relação. Sinto falta da aventura que era namorar, mas não troco por nada o que tenho hoje. Tudo bem que não aconteça na mesma quantidade, mas não pode mudar drasticamente. Quem quer, dá um jeito", Cora, 30, casada há três anos.
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Morando junto, o sexo é liberado, mas a crise anda ao lado
"Nos primeiros meses de relacionamento, sempre rola aquela empolgação. Para nós, era sexo todo dia, mais de uma vez por dia, se desse. No primeiro ano de casamento diminuiu bastante. Cheguei a fazer terapia para entender que não era só com o meu relacionamento que isso acontecia. Quando a gente mora junto, o sexo é liberado, mas a crise anda ao lado. Hoje o sexo é melhor do que antes, somos mais maduros, temos mais intimidade. Mas ainda sinto falta de fazer algo diferente, dormir fora, transar sem hora para acabar, café na cama... Depois de 15 anos, acho que estamos bem: transamos umas duas vezes por semana e não é um problema. Ele é motorista de aplicativo e eu trabalho em casa. Por isso, o sexo está sem hora marcada, o que também ajuda a ser mais frequente", Thabata, 39, casada há 15 anos.
Você, que mora com o par, transa quantas vezes por semana?
Resultado parcial
Total de 12547 votosTer apenas um parceiro diminuiu meu apetite sexual
"Durante o primeiro e único ano que namoramos, o sexo rolava diariamente. Nos primeiros três anos de relacionamento sob o mesmo teto, essa frequência diminuiu. Há quatro anos piorou e chegamos a ficar 15 dias sem transar. Hoje transamos uma vez por semana. Mas temos altos e baixos. Ter apenas um parceiro fez meu 'apetite' sexual cair muito. Mas conseguimos conversar sobre nossos desejos e problemas. Por isso, estou tentando convencê-lo a abrir o relacionamento para transar com outras pessoas, a três. Apesar de a rotina fazer parte, me fez perder o interesse", Clarissa, 32, casada há sete anos.
Chegamos a ficar duas semanas inteiras sem sexo
"Enquanto éramos namorados, o sexo acontecia de acordo com a oportunidade. Dependia de grana para o motel e conseguir ficar sozinhos na casa dos nossos pais. Todo mundo falava que a gente ia transar todos os dias e em todos os cantos da casa quando decidimos morar juntos, mas isso não aconteceu. No início, a adaptação dificultou bastante, os afazeres domésticos consumiam a maior parte do tempo. Chegamos a ficar duas semanas inteiras sem sexo. Eu comecei a ficar encanada, mas, fui falar sobre isso com ele e descobri que estava tudo bem. Trabalhamos cerca de dez horas por dia e, muitas vezes, queremos chegar em casa e curtir um ao outro, só que sem disposição para o sexo. Com sorte, transamos duas vezes por semana. Não é preguiça, falta de interesse ou crise na relação. Pelo contrário! Nossa vida sexual é muito mais gostosa e estamos bem", Catarina, 30, casada há três anos.
Era sexo toda hora, em qualquer lugar e mudou radicalmente
"No primeiro e segundo ano morando juntos a frequência caiu muito. Nos costumávamos transar a toda hora, em qualquer lugar e isso mudou radicalmente. Eu acho que foi muito relacionado ao estresse que passamos porque tivemos dificuldades financeiras. A falta de sexo trouxe briga porque eu me sentia rejeitada. Depois de muitas discussões e conversas, conseguimos ajeitar as coisas. Hoje chegamos a uma frequência de cinco a seis vezes por semana quando está tudo tranquilo. E com uma certeza: a qualidade aumentou. Deixou de ser aquela coisa de 'vou arrancar sua roupa agora' e passou a ser 'quero te deixar louca hoje'! Falamos mais abertamente do que gostamos e exploramos muito mais a nossa sexualidade", Marjorie, 30, casada há seis anos.
*Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos entrevistados
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