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Violência doméstica retratada em novela vira campanha com mulheres reais

Clara (Bianca Bin) e Gael (Sergio Guizé) vão ter uma relação violenta em "O Outro Lado do Paraíso"   - Divulgação/TVGlobo/Raquel Cunha
Clara (Bianca Bin) e Gael (Sergio Guizé) vão ter uma relação violenta em "O Outro Lado do Paraíso" Imagem: Divulgação/TVGlobo/Raquel Cunha

do UOL, em São Paulo

24/10/2017 19h41

"O Outro Lado do Paraíso", a nova novela das 9 que estreou nesta segunda, 23, trará não só um retrato da violência doméstica envolvendo os personagens Clara (Bianca Bin) e Gael (Sérgio Guizé). Atrelada à trama, a emissora inicia hoje, 24, uma campanha de conscientização e combate a essa mesma violência — com mulheres reais — nas redes sociais.  

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Através da plataforma "REP: Repercutindo Histórias", criada e alimentada pela área de Responsabilidade Social, a Globo contará as histórias de dez mulheres que sobreviveram a este tipo de agressão e hoje atuam em defesa dos direitos da mulher. Os filmetes de um minuto circularão nas redes duas vezes por semana, assim que os capítulos da novela se encerrarem, enquanto suas versões estendidas, de até seis, serão divulgados no Youtube.

"Com a estreia da novela, encontramos, junto com a ONU Mulheres, uma oportunidade de ampliar essa discussão tão necessária. A taxa de feminicídios no Brasil é a quinta maior do mundo. Não podemos ficar indiferentes; queremos abrir espaço para que mulheres contem suas histórias, para que se fale na prevenção da violência e nessa grave violação de direitos", falou ao UOL Beatriz Azeredo, diretora de Responsabilidade Social da Globo.

A escolha das mulheres que darão seus depoimentos para a plataforma foi feita pela emissora também em parceria com a organização. Entre elas está a lutadora Érica Paes, que sofreu violência dentro da própria casa e foi salva pelo seu conhecimento em artes marciais. Hoje, ela ajuda outras mulheres a se defenderem.

A policial militar Denice Santiago fez da própria experiência a inspiração de seu trabalho na Ronda Maria da Penha, que criou para acompanhar outras mulheres que passaram pela mesma agressão, em Salvador. A ativista Bárbara Penna fundou o instituto que leva seu nome e auxilia outras sobreviventes após ter 40% do corpo queimado e ter dois filhos assassinados pelo ex.

Assista ao primeiro depoimento, de Amanda Carvalho: