A semana: estupro marital na novela, Madonna no morro e Laerte vitoriosa
Os acontecimentos, as pessoas e as iniciativas que fizeram barulho nesta semana, impactando a vida e o olhar das mulheres.
Estupro marital
A novela "O Outro Lado do Paraíso" (Globo) estreou na última semana trazendo para a faixa das 21h, na TV, um importante tema: relacionamento abusivo. No capítulo de terça-feira (24), uma cena com estupro marital chocou a internet. Gael (Sergio Guizé) abusou sexualmente da própria mulher, Clara (Bianca Bin).
Rio do caos 1
A turista espanhola Maria Esperanza Jimenez morreu, na segunda-feira (23), baleada por um policial militar, no Rio de Janeiro. O carro em que ela estava tinha película escura nos vidros e furou um bloqueio policial. Segundo porta-voz da PM, a região onde o fato aconteceu é "tensa" e é área de "confrontos armados" e "trânsito de criminosos".
Rio do caos, 2
Na quinta-feira (26), o comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, tenente-coronel Luiz Gustavo de Lima Teixeira, 48, morreu após ter sido vítima de um ataque a tiros, na zona norte da cidade. O veículo no qual Teixeira estava, descaracterizado e conduzido por um outro PM, foi atingido por ao menos 17 tiros. Caberá à Polícia Civil esclarecer as circunstâncias e a motivação do crime.
Repercussão seletiva
Em entrevista ao programa de TV americano "All In With Chris Hayes", a atriz Jane Fonda disse que, infelizmente, as acusações de assédio contra o produtor Harvey Weinstein repercutiram porque as vítimas eram mulheres “brancas e famosas. "Isso tem acontecido há muito tempo com mulheres negras e outras mulheres de cor e não repercute da mesma forma."
Cármen sem filtro
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, afirmou que o fato de ocupar a chefia de um dos poderes da República não passa de um dado "circunstancial" em um país cuja sociedade permanece em grande medida "patrimonialista, machista e muito preconceituosa com a mulher". As declarações foram dadas em um seminário sobre as mulheres na Justiça, realizado na Embaixada da França, em Brasília.
Polêmica no morro
No Brasil por causa do casamento de Michelle Alves e Guy Oseary, seu amigo e empresário, Madonna causou polêmica ao visitar o Morro da Providência, no Rio. Em seu Instagram, a cantora postou foto ao lado de policiais armados da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A atriz Vera Gimenez, mãe da apresentadora Luciana Gimenez, foi uma das vozes críticas: “Eles adoram ver a miséria e incompetência dos nossos governantes".
Corpo fechado
A Câmara dos Deputados rejeitou, pela segunda vez, uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB), dessa vez por obstrução de justiça e organização criminosa. No placar, o governo teve 12 votos a menos do que na primeira votação. Na mesma semana em que comemorou essa vitória, Temer passou algumas horas internado no Hospital do Exército, em Brasília, por causa de uma obstrução na uretra.
Vitória da Laerte
A cartunista Laerte vai receber indenização de R$ 100 mil por ter sido chamada´, entre outras coisas, de "baranga moral" e "fraude de gênero". O jornalista Reinaldo Azevedo e os veículos nos quais se manifestou, a revista "Veja" e a emissora de rádio Jovem Pan, terão de desembolsar o valor. A 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que Azevedo ultrapassou os limites da crítica objetiva necessária no seu trabalho.
Perdeu, Frota!
O ator Alexandre Frota perdeu o processo por danos morais que moveu contra a ex-ministra Eleonora Menicucci, que chefiou a Secretaria de Política para as Mulheres no governo Dilma. Frota abriu processo após a ex-ministra criticá-lo em 2016. Em suas redes sociais, ele disse que foi "julgado por um juiz ativista, do movimento gay. Ele não julgou com a cabeça, julgou com a bunda".
Doação de sangue por gays
O julgamento sobre a restrição de doação de sangue por homens gays pelo STF (Supremo Tribunal Federal) foi suspensa por tempo indeterminado, graças a um pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes. Atualmente, um homem heterossexual que tenha feito sexo sem camisinha pode doar sangue no Brasil, enquanto um homossexual que use preservativo fica vetado de doar por um ano após sua última relação sexual.
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