Você perde o interesse por quem está no seu pé? Isso tem explicação
Você é do tipo que adora uma conquista, mas quando nota que o outro está muito a fim prefere pular fora? Notar que alguém está muito na sua costuma ser um prato cheio para sua falta de interesse? Calma! Nem sempre é possível seguir os conselhos de Caetano Veloso e assumir para si mesmo: “só vou gostar de quem gosta de mim”. Mas existe solução.
Segundo Michelli Duje, psicóloga especialista em psicoterapia de casal, esse comportamento não é incomum e esconde uma série de razões que merecem ser avaliadas. Tanta atenção, diz, pode ser, por exemplo, percebida como muita insegurança ou falta de independência por parte da pessoa que mostra interesse.
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“Ela coloca para o outro uma demanda muito grande. E esse exagero de dedicação se torna uma reação de dependência”, diz ela, que aponta essa como uma queixa comum apresentada pelos pacientes no consultório.
Conquista como desafio e o medo de se envolver
Para a psicóloga, é preciso avaliar também a perda do interesse depois que o jogo da conquista é concluído. “Se por trás disso existe uma busca por autoprovação ou capacidade de atrair, vale fazer uma análise. Isso pode estar relacionado a alguma vivência do passado, que gerou falsas expectativas sobre o que torna um relacionamento interessante.”
Fugir pode ser também uma maneira de se proteger de traumas às vezes adormecidos. “Pessoas que foram traídas, mas acreditam ter superado, podem rejeitar o envolvimento por medo de se envolver novamente”, conta. “Por isso, é preciso fazer uma autoanálise e ressignificar algumas crenças.”
Além da traição, Michelli cita outras experiências de relacionamentos difíceis que impactam nesta questão. Restrição aos amigos, perda da individualidade, submissão e excesso de dedicação podem interferir nos envolvimentos futuros. Por isso, rever relacionamentos antigos, segundo ela, é um passo importante para identificar referências e aprendizados abusivos.
“Ela pode ter aprendido em algum momento que o relacionamento amoroso, muitas vezes, tem que estar ligado à dor para dar certo”, explica. “Quando essas questões são trabalhadas internamente, seja sozinho ou com a ajuda de profissionais, é possível curar o abalo emocional e, enfim, viver relacionamentos saudáveis.”
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