7 razões para mostrar 'Big Mouth', da Netflix, ao seu filho pré-adolescente
A puberdade é um período confuso. É normal se sentir inadequado e sofrer, mas ainda se divertir com tanta novidade e mudança no corpo. Costuma ser comum também colecionar histórias engraçadas dessa fase. Os humoristas norte-americanos Nick Kroll e Andrew Goldberg decidiram expor as suas em uma animação para a Nettlix e deram a ela o nome de "Big Mouth".
A série, que estreou no final de setembro, mostra em dez episódios o quão desconfortável, constrangedora e hilária pode ser a vida de alguém na pré-adolescência. A primeira menstruação, os desejos à flor da pele, acne, o primeiro amor, o corpo mandando sinais que não mandava antes, medos, a descoberta da masturbação. E, justamente por ser honesta e falar diretamente com o público que almeja, que "Big Mouth" tem ganhado elogios (recebeu 100% de votos positivos no site de crítica Rotten Tomatoes) e até continuação - a segunda temporada já foi anunciada.
Aqui, listamos sete motivos para você apresentar a série para seu filho que está vivendo a puberdade. No mínimo, vocês vão dar algumas risadas e ter assunto para conversar. E se ele ou ela não quiser ver com você, vale para relembrar os momentos dessa fase.
1. Gay, eu?
A homossexualidade é um dos assuntos que "Big Mouth" trata. Aqui, vai um spoiler: Nick, um dos protagonistas, se questiona sobre gostar de meninos e acaba vivendo um dia de exploração de sua identidade sexual. Ponto positivo: ser ou não ser gay não é algo tratado como um problema pelo garoto, nem para os pais dele. Aliás, existe um outro personagem gay e muito bem resolvido na trama.
2. Os monstros dos hormônios
Há duas figuras fantásticas importantíssimas em "Big Mouth", um casal de monstros chamados carinhosamente de "monstros dos hormônios". Maurice, a criatura de Nick, é obcecada por sexo e desperta no garoto vontades incontroláveis. Por exemplo: a de se masturbar em horários impróprios e assistir pornografia. Por que os monstros fazem sentido? Porque são metáforas divertidas das loucuras que passam na cabeça de alguém que está começando a conhecer a própria sexualidade.
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3. Fale com ela
Um outro pequeno spoiler: em um dos episódios, Jessi, uma garota em plena puberdade, é incentivada por sua monstra dos hormônios a olhar - literalmente - para a sua vagina. Então, Jessi pega um espelho de mão e mira lá, começando uma conversa franca com o seu genital que ganha voz e explica direitinho como tudo funciona por ali. A cena é uma verdadeira aula de anatomia para garotas. Vale cada segundo.
4. A bendita menarca
Que mulher não se lembra de sua primeira menstruação? A de Jessi acontece em uma visita escolar à estátua da Liberdade em um dia em que ela usava um short branco, que tinha acabado de ganhar da mãe. Apesar de constrangedora, a situação ensina muita a Jessi, que volta da visita e tem uma conversa honesta com a mãe sobre o fato de, a partir de então, ter que sangrar todo mês.
5. Também fala de amor
"Big Mouth" fala de sexo, masturbação, vagina e pornografia (de leve e de um jeito engraçado), mas também trata do amor. Do primeiro romance, das primeiras investidas amorosas e especialmente de amor entre amigos. A amizade entre os três principais pré-adolescentes da série é forte, passa por perrengues e é cheia de momentos fofos.
6. Sexualidade é algo natural, falar dela também
A maneira tranquila e natural com que a sexualidade é tratada na série permeia todos os episódios. Mesmo entre os personagens pré-adolescentes, o assunto é encarado com leveza (apesar dos perrengues). Com os pais deles, também. Claro que há os momentos constrangedores - afinal, falar de sexo com filhos pode ser uma questão -, mas eles são superados com humor e carinho. No mais, só o fato de mostrar cenas cotidianas de garotos descobrindo sua sexualidade já é um começo para começar a tratar temas tabus. Ou seja, pode ajudar você a começar aquelas conversas tensas de maneira mais solta.
7. Girl Power
A série mostra a puberdade através da experiência de garotos e garotas. E, com os dois gêneros, há tentativas de transgredir machismos e mostrar liberdades individuais. No caso das garotas, dá para dizer que são menos românticas idealistas e mais empoderadas e desencanadas. Ou melhor: garotas também sentem tesão.
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