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Alimentação infantil: 11 erros que a gente comete sem perceber

Seu filho não quis almoçar nem jantar: segure a vontade de oferecer a ele um alimento substituto como leite - Getty Images
Seu filho não quis almoçar nem jantar: segure a vontade de oferecer a ele um alimento substituto como leite Imagem: Getty Images

Adriana Nogueira

Do UOL

14/11/2017 04h00

É comum que cometermos erros acreditando que estamos fazendo o melhor pelas crianças. Por isso, o UOL lista os principais, de acordo com Priscila Maximino, nutricionista do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, e com a médica nutróloga Ana Luisa Vilela.

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1. Dar qualquer suco de caixinha

Muitas vezes a gente prefere suco de caixinha ao refrigerante. Mas, dependendo da composição, um é tão cheio de açúcar quanto o outro. Para ser saudável, o produto precisa ser feito apenas de água e suco de fruta. Como saber isso? Veja a lista de ingredientes na caixinha. Se tiver açúcar, esqueça, principalmente para os menores de dois anos.

2. Dar suco natural à vontade

Dar um suco natural, sem ser como parte de um dos dois lanches (no meio da manhã ou à tarde), que devem compor a alimentação diária, pode prejudicar o apetite da criança. Um suco que contenha 200 calorias pode representar 20% das necessidades nutricionais de uma criança de três anos, por exemplo. Com isso, ela não sente fome nas refeições principais.

3. Trocar fruta por suco

Entre dar a fruta para a criança comer ou o suco natural dela, prefira a primeira opção. Ingerir a fruta é uma experiência enriquecedora para a educação alimentar da criança. Ela vai mastigar, conhecer a textura... Além de consumir fibras, elemento importante para o bom funcionamento gastrointestinal, que às vezes se perdem no preparo do suco.

4. Substituir refeições principais 

A criança não se alimentou direito no almoço ou no jantar, e os pais trocam por um iogurte, suco ou copo de leite. Não faça isso. Por mais difícil que seja ver o filho sem comer, tenha em mente uma coisa: criança com acesso a comida não passa fome. Espere o horário da próxima refeição. 

5. Deixar os filhos escolherem o que comer

Crianças pequenas não têm capacidade cognitiva de escolher o melhor alimento para elas. Não pergunte o que a criança quer comer. Você pode, sim, oferecer opções dentro de um mesmo grupo alimentar. Exemplo: hoje você quer macarrão ou purê de batata? Ambos são fontes de carboidrato.

6. Forçar ou chantagear

Já falamos aqui que ver um filho sem comer pode parecer desesperador. Mas, nessa guerra, não vale tudo. Chantagear e/ou forçar fisicamente estão fora de questão. Quando se trata de alimentação, os pais decidem o que a criança come e somente ela decide o quanto.

7. Deixar biscoitos a mão

Biscoitos de maisena e de polvilho não são tão inocentes quanto parecem. O primeiro é feito basicamente de gordura vegetal e açúcar e o segundo, de gordura e sal. Depois de um ano, podem ser consumidos eventualmente, como parte de um lanche. Mas nada de fazer deles parte da alimentação diária.

8. Engrossar o leite com farinhas

A maioria das crianças não precisa tomar leite engrossado com farinhas. O recurso só deve ser usado por indicação do pediatra ou de um nutricionista, em casos específicos de baixo de peso ou de déficit de crescimento.

9. Fazer papinha com muitos legumes misturados

Na expectativa de o filho ingerir o maior número de nutrientes, pais fazem papinhas com vários legumes e/ou verduras batidos. Com isso, a criança não aprende a mastigar nem a distinguir o sabor e a textura dos alimentos. O melhor é fazer receitas com poucos ingredientes e amassados, para que existam pedaços a serem mastigados.

10. Fazer da sobremesa um presente

No dia a dia, você não dá sobremesa, mas cria a regra de doce nos finais de semana. Ao fazer isso, você torna esse tipo de alimento um hábito. Em vez disso, deixe que a criança peça e você atenda, quando possível, lembrando que os menores de dois anos não devem ingerir açúcar.

11. Liberar embutidos “magros”

Crianças até três anos, pelo menos, não devem consumir embutidos, nem os ditos magros, como peito de peru e de frango. Com muito sal e conservantes em sua composição, esses alimentos têm potencial de causar alergia.