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Brasileira negra com ensino superior recebe 43% do salário de homem branco

O mercado ainda paga mal à mulher negra, mesmo que bem qualificada - Getty Images
O mercado ainda paga mal à mulher negra, mesmo que bem qualificada Imagem: Getty Images

do UOL, em São Paulo

22/11/2017 12h31

O racismo e o sexismo ainda são barreiras importantes para a paridade salarial no Brasil, revelou o estudo "O Desafio da Inclusão", concluído e divulgado neste mês de novembro.

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A pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva com dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) revelou que, entre aqueles que têm ensino superior no país, as mulheres negras são o grupo que ganha menos. A renda média delas é de R$ 2.918 — cerca de 43% do salário de um homem branco graduado, que é de R$ 6.702.

Alem disso, a população negra tem menor acesso à educação: apenas 6% dos homens negros e 9% das mulheres negras possuem ensino superior, em expressivo contraste em relação a 18% dos homens brancos e 21% das mulheres brancas, que são escolarizados.

Já disparidade entre o salário de uma mulher branca e de um homem branco e de 40%; elas ganham R$ 3.981, em média. Mesmo representando 55% da população brasileira, os profissionais negros são apenas 19% dos que ganham mais de R$ 10 mil no país.

Além disso, ainda que movimentem R$ 1,6 trilhão por ano, 72% dos brasileiros negros revelaram não se reconhecer na publicidade — uma importante perda para o consumo de produtos e serviços no país.